sábado, 7 de janeiro de 2012

UM POETA É UM POETA É UM POETA!

Hoje eu estou com uma preguiça danada, e ao mesmo tempo com vontade de escrever, mas não poemas. Quero dar pitaco em algumas coisas. Deixe-me ver se consigo pelo menos falar sobre uns poucos "causos" que desenhei em minha mente nessa madrugada insone. Pra começo de assunto, antes que alguém me cutuque e fale que disse asneira em um comentário que fiz ontem, em post de minha autoria, quando citei que li Sócrates, eu sei, ele não escreveu nada. Mas li sobre Sócrates. "O Julgamento de Sócrates" (de minha coleção "Os grandes (ou maiores, sei lá) Julgamentos da Humanidade" e "Apologia de Sócrates", por Platão e Xenofontes).

Um tempo desses, ao final de uma noite de domingo no ET BAR, um grande músico amazonense amigo meu, conversando comigo, disse-me assim: mas você, na poesia, não teve nenhuma influência de escritores daqui, como Thiago de Melo. Disse-lhe que não. Não sou uma apreciadora de Thiago de Melo. Dele, só conheço um pouco do Estatuto do Homem. Há algo em sua aura que não se casa com o meu espírito. Um dia desses, postei um texto aqui no Face e no meu blog www.rocampossobretodasascoisas.blogspot.com, sobre a alma de poeta. Disse, dentre outras coisas, que um poeta não deve se prestar aos serviços da política nem tampouco imiscuir-se nessa senda. Declarei, também, que não acredito em um poeta que usa a sua pena para atender a uma encomenda, porque a poesia não tem hora marcada e nem atende a pedidos externos.

Não faz muito tempo, Thiago de Melo emprestou sua imagem (com ou sem auferir cachês, não sei e nem me diz respeito) à uma campanha política aqui na nossa cidade. Igualzinho acabou fazendo Chico (Buarque), na última campanha presidencial, à então candidata Dilma Rouseff, escandalizando a todos os seus incontáveis fãs, dentre eles, obviamente, euzinha aqui. Mas, no caso de Chico, não dá pra pegar toda a sua maravilhosa e extensa obra e jogar pela janela. Fico parecendo mais aquela mulher traída, que perdoa o parceiro e prossegue convivendo com ele, a despeito de um deslize quase imperdoável.

Para finalizar, dois grandes amigos meus, artistas amazonenses reconhecidos, relataram-me situações insólitas em que se enrederam com Thiago de Melo, que, a meu ver - e no deles também - denotaram uma certa soberba. E um poeta é um poeta. Simplesmente.

Longe de mim desqualificar a obra de Thiago de Melo, e essa não é a minha intenção. O que quero dizer (aliás, já disse), é que minha alma não se afinou com a alma dele. Ponto. Ao contrário, na literatura local, minha alma se deixa seduzir abundantemente pela pena de Marcio Souza, Milton Hatoum, Tenório Telles e João Cândido (o Candinho, da dupla Candinho & Inês), respeitado compositor e poeta, o qual foi um dos três vencedores do Prêmio Manaus E Poesia, promovido pela Academia Amazonense de Letras, tanto em sua primeira edição em 2010, quanto ano passado. Eu tive o prazer de participar da primeira edição, com dois poemas: MESTIÇA e SUANAM, e o meu prêmio foi exatamente haver participado desse importante evento para as letras do nosso Amazonas.

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