quinta-feira, 20 de julho de 2023

MARINA


(RÔ Campos)


Marina menina

Marina mulher

Tu tens  a graça e a pureza

Da flor de açucena

Marina

Nasci pra te amar. 


Marina

Tu tens a boca mais linda

Que minha boca tocou.

Teu corpo é  uma obra prima 

És  a coisa  mais bela 

Feita pelo criador. 


Marina

Valeu a pena a espera

Os dias não foram em vão

Marina te  amo mais que tudo

Te quero pra sempre

Só minha e de mais ninguém.

segunda-feira, 17 de julho de 2023

O AMOR TEM DESSAS COISAS

 

(RÔ Campos)


Ouvi dizer que você

 Anda dizendo por aí

Que eu fui a real culpada

Da nossa separação. 


Pode falar o que quiser

Eu não vou te impedir

Nem tampouco calar

Só não pode mentir. 


Nosso amor foi intenso demais

Tivemos nossas rusgas, eu sei

O amor tem dessas coisas.


Mas a decisão foi de nós dois

Não deixamos nada pra depois

Cada um  seguiu a sua própria estrada.


Agora não venha manchar o meu nome

Dizer por aí inverdades

Não deixe a maldade corroer

O pouco que restou de nós. 


Nosso amor foi intenso demais

Tivemos nossas rusgas, eu sei

O amor tem dessas coisas.

SAI PRA LÁ


(RÔ Campos)


Não,  eu não vou deixar

Nem você nem ninguém me derrubar.

Sai pra lá.


A minha estrutura  tem a base forte

Isso não é questão de sorte

Sempre foi trabalho duro, sol a pino

Os meus sonhos de menino

Não é  você que vai melar.

Sai pra lá. 


Não vou ser saco de pancada

De quem não está com nada

Vá baixar noutra freguesia

Aqui você não  se cria, não. 

Sai pra lá.

NADA PASSA EM VÃO

 

(RÔ Campos)


Dias há que não sei um quê.

A roda da vida Gira Mundo.

Uma total ambivalência:

A luta do bem contra o mal.


Pecadores já nascemos,

Mesmo sem pecado cometer.

São culpados  Adão e Eva.

Nada fizemos por essa pena merecer.


Diz a bíblia, livro dos homens:

É  o pecado original.

Não adianta fugir da espada.

Todos passam pelo crivo do juízo final.


Há dias em que me lembro do amor que partiu.

Do outro amor que eu deixei e nunca mais vi.

Lembro também do amor que nunca me quis.

E do grande amor que sem porquê o perdi.


Tudo passa, até a vida.

E nada passa em vão,

No vão da porta,

No desvão  da desilusão.

VOA, JOÃO!

 

(RÔ Campos)


Voa!

Voa João!

Vai ao encontro de outras estrelas

Vai ocupar o teu lugar na tua constelação. 


Voa!

Voa João!

O teu vôo  mais alto

Vai olhar do espaço celeste

Tudo o que na terra 

plantaste.


Voa!

Voa João!

O teu vôo mais solitário 

O derradeiro

Te ajeitas  por aí

O céu é  todo teu. 


Voa

Voa, João

Aqui embaixo ficamos nós 

Por enquanto,  sem saber até quando

Voa o vôo  dos imortais.

SOB OS AUSPÍCIOS DA SAUDADE

 

(RÔ Campos)


É  noite alta de verão.

Aqui dentro o vazio.

Lá fora a lua cheia - quanta ironia!

E eu  sem saber o que fazer com os pedacos do meu coração. 

Nem como sarar as feridas causadas por uma tal desilusão.


Lá fora,  o barulho dos carros.

Aqui dentro,  o silêncio que soa como um murmúrio. 


Tantas coisas vividas!

Quantos amores já idos!

E um pouco de tudo isso para reviver, 

Sob os auspícios da saudade...