quarta-feira, 30 de novembro de 2022

ABAIXO DO CÉU AZUL


(RÔ Campos)


Atrás dessa bela paisagem se esconde o cáos, a miséria humana. 


Atrás do verde (da floresta) amarelo (do ouro), vermelho (do sangue, da fraternidade) e branco (da paz), tudo é cinza.


Atrás desse colorido todo, não há cor. Tudo é dor. 


Atrás de toda essa arte, de toda uma emoção expressada com a tinta e o pincel, tudo o que se pinta é a desgraça humana.


Abaixo desse céu azul, que parece nos guardar a todos, há homens e homens que n'algum dia foram homens, e hoje não são homem algum. São arremedo de qualquer coisa. 

Pois o homem que perde a sua dignidade... é homem nenhum.


(Acabei de escrever esse texto logo após ver as fotos que um amigo  postou no Facebook, alusivas a vários locais de Manaus, praças etc. Uma delas retrata aquele pedaço do Prosamim, onde está a ponte dos ingleses e a linda arte com pintura feita na parede externa da Cadeia Pública Vidal Pessoa, cheia de muitas cores, vibrantes (20.06.2011)