segunda-feira, 31 de outubro de 2011

ANTÍDOTO PARA OS RATOS CORRUPTOS

Tomara que toda essa celeuma que tomou conta do país, cada um se colocando em posição de ataque e de defesa, sirva para, ao menos, dar uma balançada nessa situação imoral que se chama SUS. Ainda tem gente com a cara de pau de defender esse sistema. Ou jamais o utilizou, ou, quando o faz, goza das benesses de algum cargo que ocupa na saúde, ou favores de amigos e ou parentes, conseguindo os serviços no maior bem-bom, enquanto os pobres coitados desvalidos esperam às vezes meses para marcar uma consulta. O Brasil está na UTI, mas os descamisados e descalços de nosso país não chegam nem na porta de unidade de tratamento, porque sucumbem nas macas, nos corredores dos hospitais e prontos socorros, a caminho da unidade de saúde, ou até mesmo em casa, esperando (muitas vezes sem chegar) pela ambulância. Eu conheço o serviço. Eu já levei parentes meus até ele. É uma vergonha, um acinte, uma imoralidade. Tenho uma irmã que havia anos tinha plano de saúde, mas não pôde mais pagá-lo,e há 3 anos utiliza os servicos do SUS. Eu conheço o sofrimento dela. É bem verdade que isso não é de hoje, atravessa governos e governos, mas chegamos no limite. Não podemos nos deixar levar por essa tenda que armaram, com as pessoas tomando partido e acusando legendas. O buraco é mais embaixo. Precisamos canalizar toda essa energia para o bem comum, e nada vai mudar se não cobrarmos com veemência uma mudança radical, exigindo que se criem mecanismos que possam obstar essa coisa escandalosa que se chama corrupção, impedindo que recursos valiosos, que deveriam ser usados, principalmente, na erradicação da miséria, na educação e na saúde escorram abundantemente nos ralos e caiam nos esgotos de bolsos de políticos escrotos e seus asseclas. A corrupção é uma erva daninha que se alastra. O dinheiro (público, então, que parece que não tem dono e todo nojento quer a sua paternidade)fascina. Os escrotos pensam que têm vida eterna, ou que, quando morrerem, levarão dinheiro no caixão para gastar no além. Mas é impressionante como, devagarinho, ficamos sabendo que um ou outro facinora, Brasil afora, ferrou-se, e o dinheiro roubado também acabou escorrendo pelo mesmo ralo. Não serviu pra mais nada. Perdeu a saúde, a dignidade, a honra, e, pior ainda - a familia acabou destruindo-se lentamente. É a lei da ação e reação, de Sir Isaac Newton. Batata! A natureza nunca dorme. Disse-me Padre Gelmino, outro dia, "que Deus perdoa sempre; o homem, às vezes, e a natureza, nunca."

Mas o problemaé que, mesmo o cara se ferrando mais adiante, até lá, ele já roubou demasiada e inescrupulosamente. Roubou a saúde do povo. Roubou a vida do povo. Roubou a felicidade e a paz do povo. Roubou os sonhos que ele nunca sonhou.

Vermes não sonham. Vermes se decompõem!

domingo, 30 de outubro de 2011

COMO DIRIA NIETZSCHE: ALÉM DO BEM E DO MAL

Está ficando entedioso viver no Brasil. Parece até vírus vindo dos Estados Unidos, espalhando um puritanismo de causar horror. Na dita maior democracia do mundo o cabra reclama até do cheiro da fumaça do churrasco (coisa que, eles dizem de pés juntos, é típica de brasileiro), e vai pra justiça buscar indenização por qualquer coisa, a mais comezinha. Estão querendo roubar de nós, brasileiros, a graça, a espontaneidade, a alegria, uma característica única no mundo, por sermos um povo de muitas almas. O brasileiro não suportaria viver num mundo austero, porque é na sua alegria naturalíssima que ele consegue espantar a dor. Agora, essa dúzia e meia de idiotas que vez em quando aparecem brincando com a dor e o sentimento alheios, a melhor resposta é o silêncio, forma arrasadora de manifestação de desprezo. Idiotas não se criam sem uma fonte para beber.

Vejam o caso do Rafinha, do CQC. Sem julgar (porque nem disso eu gosto, tanto que nunca quis fazer concurso para a magistratura, pela minha incompetência para tão importante missão), ele foi muito infeliz, pois, com tanta coisa pra fazer piada, foi tirar graça com uma jovem senhora grávida, dizendo que a comeria e também ao bebê (imediatamente após o seu colega de programa mencionar que a Wanessa Camargo estava linda, grávida) cutucando onça com vara curta, quando as feras estão soltas para devorar o primeiro imbecil que se meter a besta de mexer com a família, com a mulher, ainda mais por se encontrar no estado mais sublime, que é o de gestação. Pode-se fazer graça com a mulher prostituta, com a mulher pobre, com a empregada doméstica, com as louras (mesmo as oxigenadas, como eu, vez em quando), com as coroas (como eu, também), com as mulheres maduras que namoram homens mais novos (exceto com celebridades, como Suzana Vieira, por exemplo), com as gordas, as anorexas, as drogadas (que, conforme a Organização Mundial de Saúde, trata-se de uma doença, com o CID respectivo) mas, no caso mencionado, não. Bem feito. "Macaco velho não mete a mão em cumbuca" é um dito popular que ouço desde o "tempo do ronca" (alô, jovens que me lerem, vocês sabem o que isso significa?).

Outro dia, vi várias postagens no Facebook, com uma lista sobre o destino de Bin Laden, Sadam Hussein e Khadafi. No final dessa lista, dizia que estavam na vez o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, e Justin Bieber, um jovenzinho do bem. Não houve qualquer manifestação sobre isso (pelo menos que eu saiba ou visse), quando, maniqueístas como se mostram, poderiam ter se posicionado contra, alegando incitação à violência, apologia ao crime, etecetara e tal. Qual nada! Reputei indecente e de absoluto mau gosto a piada, ainda mais pela maneira como Sadam foi morto (enforcado, para o mundo todo ver) e Khadafi (dizem, abusado sexualmente depois de brutalmente assassinado), coisas típicas da idade das trevas. E não estou citando esse fato para ir em defesa desses crápulas da humanidade, não. É simplesmente porque acho que pessoas que assim agem possuem o mesmo defeito de fabricação dessas escórias. E por aí vai.

Blogger: SOBRETODASASCOISAS - Enviar esta postagem para um amigo

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DIÁLOGOS DO TEMPO

(RÔ Campos)

O tempo resolveu fazer um passeio para uma conversinha. Aproximou-se de uma jovem e disse-lhe: - Você acha que me tem todo o tempo? E que pode esperar por mim o tempo que quiser, e, em razão disso, fica aí, parada, enganando-se, fechando os olhos enquanto eu passo? Sinto muito, mas você está errada. Um dia, quando você menos esperar, vai acordar e perceber que não pode mais contar comigo: eu já terei passado. A jovem riu e se foi.
Anos mais tarde o tempo encontrou uma senhora chorando, sentada em um banco de uma praça abandonada, e resolveu abordá-la. A senhora, então, comentou-lhe que estava chorando porque procurava obstinadamente pelo tempo que havia perdido (sem sequer perceber que o perdia), mas não conseguia encontrá-lo. O tempo, então, disse-lhe:- Eu estive durante muito tempo ao seu lado, mas você vivia a zombar de mim; nunca me deu o valor devido. Certa vez, lhe falei para não ficar parada a esperar por mim, fingindo que não me via passar. Você não quis me dar ouvidos, riu-se e saiu. Agora, lamento, mas eu já andei muito para estar aqui, e o meu caminho é para o amanhã. O ontem, para mim, não existe mais. Eu nunca volto atrás. Existo desde que o mundo é mundo, mas eu nunca envelheço e nem me extingo, embora vá passando como passa o vento. Você, ao reves, morria a cada dia, sem se dar conta de que sua vida se esvaía no relógio do tempo.

30/10/2011

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

(Eu, para minha amiga Suzy-Hô, nestas horas de saudade de nossos maiores amores, aqueles que serão sempre uma estrela no céu a orar por nós, e nós, aqui embaixo, a sentir que, na verdade, não estamos sós)

"Viajar, amiga, viajar no tempo, mirando o firmamento. Contar as estrelas. São tantas que passam pelo nosso céu, que, às vezes, nem percebemos o brilho de algumas... Umas brilham mais, outras menos, mas todas são estrelas - e todas, sem exceção, nunca param de brilhar, até que caem. Estrelas são candentes e cadentes, assim como a gente. Estrelas também morrem - e também morremos nós. Não há maior felicidade que descobrir uma estrela que já passou por nós, e que, desatentos, não vimos passar, e essa mesma estrela estava ali, a olhar por nós. Uma estrela só, é uma parte deste mundo. Duas estrelas juntas, podem formar uma Constelação. Enquanto uma brilha, outra se apaga, e assim, juntas, jamais se apagarão. Assim é o amor e a amizade. São estrelas que nunca soçobrarão no mar da escuridão."

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

UM QUERER SER

Eu não sei bem dizer
O que tomou conta de mim
Hoje
Ora queria ser ponte
Vasta, imponente, poderosa
Cara
Ligando-me de uma ponta
À outra ponta
Ou, quem sabe,
Ligando-me ao nada
Que é o outro lado da moeda
Coroa
Ora queria ser a imensidão
Dágua
Que passa por baixo da ponte
Sem rumo, sem rota
Sem eixo.

A EXATIDÁO DO AMOR

(RÔ Campos)

Para ser exata
O quê fazer
Indaguei de mim pra mim.
Para ser exata
Respondi:
Não é necessário quase nada
Quase nada
Para ser exata
Disse de mim pra mim
O que o coração precisa ouvir:
Para ser exata
Devo amar além de mim
Abrir as portas para o outro
Seja rico, seja pobre,
Negro, branco,
Velho, jovem
Crente, ateu
Afinal de contas, disse de mim pra mim
Quem eu penso que sou eu?
Para ser exata, percebi
Jamais erguer qualquer muro
Ou cobrir as flores de lama
Ou atear fogo nos espinhos alheios
É medida a se cumprir.
Nunca julgar.
Justa hei de ser
Para ser exata
Simplesmente com a justeza
Da palavra Amor.

O NORTE QUE TU ME DESTE, NORDESTE

(RÔ Campos)

Pra mim, a vida tem gosto de tudo. E todas as cores têm as cores da vida. Eu gosto de todos os sabores, de todas as cores.
O dia, quando ensolarado, tem a cor de ouro. Quando chove, o ouro torna-se prata. Mas, no final, tudo reluz, seja prata, seja ouro. Porque vida é luz!

No Norte, quando o sol desponta, a vida tem cheiro de poeira, de lenha na fogueira. Quando a chuva cai, a vida tem cheiro de terra, de mato molhado. Mas, no final, tudo é inspiração, seja chuva, seja sol. Porque vida é sol e chuva. São as quatro estações.

No Norte, quando é verão, o sol caustica. No inverno, a chuva é forte, e castiga. No Nordeste, onde é sertão, o povo sofre no solo árido, com o chão rachado, na caatinga, tudo é deserto. O oásis é sonho distante. Tudo é tão longe. Nada é tão perto. Só a dor é seu tutor.

PICICA - blog do Rogelio Casado: Manifestação anônima (que a imprensa não viu) contra a ponte de 1 bilhão de reais

PICICA - blog do Rogelio Casado: Manifestação anônima (que a imprensa não viu) contra a ponte de 1 bilhão de reais

domingo, 9 de outubro de 2011

SARAU DA SOLIDÃO

(RÔ Campos)

Ontem à noite
Saí
Levei minha solidão a passear
Por aí
Havia dias ela se precipitara
Sobre mim
Feito fera empedernida
A me consumir.

Minha solidão, nessa noite
Regalou-se com a lua
Saindo a caminhar
Pelas ruas infindas
Das canções maviosas
Em notas celestiais.

Ontem à noite
Afinal
Minha solidão
Alada pela lira
Alçou vôo
Feito libélula
E libertou-se
Da tristeza cortante
Ao som da flauta
Saltitante
Do dedilhar do violão
E da voz do cantante.

(08.10.2011)

CARMÉLIA (RÔ Campos)

Nunca sabemos quando
E está chegando a hora
O dia
Em que ela vai partir
Cumprir o veredito!
Meu amor maior
Minha princesa
Rainha
Quem na vida me concebeu
E me chamou Maria.

Vai para o vôo mais alto
O coração alado
Sem cintos, afivelados
Sinto na velha casa o seu cheiro
Vejo o sorriso nos quadros da memória
Nas paredes da sala, do quarto
Essa mulher fortaleza
Guerreira indomada
Cheia de fúria, em punho
Se ousam violar os seus filhos
Essa mulher, tão vasta
Tão pura, incansável
Um passarinho em seu ninho de amor
Fonte de vida
Água de beber.

Quantos anos se passaram
E a vida parece um segundo,apenas
Mas quando ela se for
Minha saudade será eterna
Companheira da minha dor
Eu, que sou parte dela
Que não vou deixar ninguém na terra
E deixo à terra muitos filhos
Os filhos do meu saber
Do saber que veio dela
Os filhos que pari
Nos corredores das escolas
Nas instituições, no trabalho
Nas ruas cheias e tão vazias.

Está chegando a hora
Em que ficarei sozinha
Na companhia repleta
De tudo deixado por ela
Não terei mais os olhos dela
A me dizerem que sim
Que tudo vale a pena
Na dança da vida
Mesmo quando a maldade grita!
Que sempre serei sua menina
Maria, cheia de graça, teimosa,
Mas livre de aleivosias
Minha mãe, flor querida
Carmélia! Carmélia!
Dentre todas as flores
A mais pura
A mais bela.

ALMA DE POETA (RÔ Campos)

Estava divagando a respeito do poeta e sua alma. Não acredito em poeta que recebe encomenda para realizar um trabalho, escrever um livro, por exemplo. Discorde de mim quem o desejar. A vida é feita dessas coisas. Mas vou continuar não acreditando, a não ser que me apresentem razões contundentes para me convencer em sentido contrário, já que o radicalismo não faz bem à alma, nem ao coração, muito m...enos à democracia. Penso que um poeta seja dotado de uma sensibilidade exacerbada, ligado diretamente, através de uma antena, com o Cosmo. Assim, o poeta, através de sua alma, percebe todas as vibrações, capta todas as energias que se expandem, e lança de volta ao mundo exterior, em forma de poesia. Poesia é um estado da alma. Desse modo, não há como conceber um poeta realizando uma obra sob encomenda, porque a alma não marca horário, tema, não comercializa, apesar do produto de sua inspiração lhe proporcionar renda, com o que, muitas vezes, sobrevive. Mas é o produto da inspiração, do estado de espírito do poeta - e não da encomenda. É. Poesia é 100% inspiração. E, claro, transpiração. Pois inspiração que não se concretiza através do trabalho, da escrita, de um debruçar-se pleno, como uma verdadeira oração, não transmuda-se em Poesia. Poeta sob encomenda, perdoem-me, não é um poeta de verdade, já que não se comercializa a alma. É apenas um escritor que escreve sobre temas que já assimilou outrora, no seu dia-a-dia, sem a pulsação do instante, sem o derramamento das energias que trafegam na alma, sem a paixão.
Também não acredito em poeta a serviço da política, porque a Poesia não se presta a isso. A Poesia não defende princípios, pensamentos, dogmas. A Poesia não defende nada. A Poesia é paixão. A alma de poeta não deve imiscuir-se em assuntos do Parlamento, da República, nesse emaranhado que é a política. Um jogo, na maioria das vezes sujo, onde até vende-se a alma ao diabo. Chico Buarque (para citar um exemplo) imiscuiu-se nas últimas eleições presidenciais, pedindo votos para a candidata eleita, e causou
assombro e decepção, principalmente pelo envolvimento do PT e companhia, até o pescoço, no mar de lama da corrupção. Ele, um baluarte quando se fala nas liberdades do indivíduo, que compôs canções-poemas como Apesar de Você, Vai Passar, dentre tantas outras pérolas, contrapondo-se firmemente contra um regime repugnante. Nesses casos, o melhor que faz um poeta é ficar calado. Um poeta é como um juiz. O juiz não deve sair dando entrevistas por aí a respeito de processos sob a sua apreciação e julgamento. Nem comentar ou criticar acerca de processos outros. Diz-se, em Direito, que o juiz fala nos autos. O poeta fala, geme, grita, contesta, confessa, chora através de sua pena (ou teclado do PC, para ser menos poética e, feliz ou infelizmente, conectada com os tempos modernos), derramando seu estado de espírito na Poesia que cria, defendendo tudo aquilo em que seu coração e sua alma acreditam.Ver mais

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

QUE AMOR É ESSE?

(RÔ Campos)

Que amor é esse
Concebido nas esquinas
... Dessa vida, bandida
Que ainda não sei
Se me fez bem
Ou mal?

Que amor é esse
Que por meses a fio
Degustei nos braços do calor
Nas noites de frio
Num fino cálice de vinho
Em um cale-se total?

Que amor é esse
Que tanto nos juramos
E que, agora, partido
Tudo parece mentira
Distante
Irreal?

Que amor é esse
Que anda tão à toa
Que magoa, fere
E nunca perdoa
Egoísta
Anti-natural?

Que amor é esse
Que a nada renuncia
Que escancara, denuncia
O desejo de partir
Um não querer mais
Afinal?

Que amor é esse
Que nos faz tão desiguais
Que se achou, e se perdeu
Na manhã que se abria
Que friamente disse adeus
Até nunca mais?

(04.10.2011, dia consagrado a São Francisco de Assis, à ecologia, aos poetas)

NA CURVA DO RIO

NA CURVA DO RIO
(RÔ Campos)
(RÔ Campos)

Eu enterrei meu coração na curva do rio
Lá, onde as águas serenas o aliviam
... E o sol, que desponta todo dia, o aquece.
Eu enterrei meu coração na curva do rio
Para que, ali, ele descanse em paz
Longe do frio da ausência
Daquele que um dia partiu
E eu nem sei se vai voltar...
Eu enterrei meu coração na curva do rio
É lá, vida minha,
Que ele irá te procurar
Se um dia regressar.

TÃO FRIO

(RÔ Campos)

Eu não sei o que aconteceu
Tudo mudou tão lentamente
Quando dei por mim,
De repente
Meu coração não batia mais
... Velozmente
Meu amor não te queria
Simplesmente
Você foi sumindo
Como uma estrela cadente
Da minha constelação
Escorpião, ardente
Tudo se fez tão frio
Quando Plutão se desfez
Desapareceu
Assim também
Tu e eu.

O PROFETA DO AMOR

Francisco de Assis, um exemplo de despojamento e amor ao próximo. Deixou tudo para trás e se doou aos pequeninos. Verdadeiro instrumento de paz e amor. E é amando que se vive para a vida eterna, disse ele e alguns outros profetas. Profetas do amor. A única coisa que fica, quando tornamos ao pó. Só o amor edifica. Tudo o mais por si só se destroi. Não adianta querer ser esperto. Contra a natureza ...NINGUÉM pode. Tudo é muito, mas muito fugaz. Em breve, tu te vais. Nu, absolutamente nu. Sem bolso, nem dinheiro. Ou, se tiveres poupado, ou guardado um pouco do fruto do teu roubo, poderás ter a sorte de não seres comido pelos vermes da terra, transformando-se em cinzas em uma sessão de cremação, postas em uma reles caixinha, ou lançadas ao vento, conforme seja a tua vontade. E então, se não tiveres amado, serás apenas cinzas na escuridão da noite que se avizinha.

"DOLCE FAR NIENTE": TEM UM PREÇO

Como é difícil viver na Amazônia, e ainda há - e como - aqueles de outras plagas que nos zombam, quando, na realidade, somos verdadeiros herois. Gente, se em Manaus tornou-se uma verdadeira tortura o ato de viver (com calor insuportável, constante falta de água e luz, mas, em compensação,faturas de pagamento milionárias, internet digna dos homens das cavernas, trânsito caótico, uma verdadeira torre de babel horizontal (se é que isso é possível) sistema de transporte coletivo sofrível, enlouquecedor, segurança pública que, na realidade, é total insegurança, com o povo fazendo justiça com as próprias mãos, linchando, torturando, matando bandidos (sinal da ausência do Estado), a saúde na UTI, gente morrendo nos corredores de hospitais, o que dizer dos confins da Amazônia? Ainda vêm esses "ecologistas" de meia tijela e pseudo-defensores do meio-ambiente ditar normas na tentativa de manter a Amazônia intocável. Mas olha já então! E como vai viver o homem do interior, numa terra tão inóspita, sem tirar o seu sustento da floresta? Querem gozar dos benefícios de uma floresta intocável, aí no dito primeiro mundo, então tratem de trabalhar e mandar dinheiro, mas muito dinheiro mesmo, para o caboco poder sobreviver, sem ter que colher seu sustento da floresta. E tem mais: fiscalizem, porque, caso contrário, dinheirinho, que é dinheirinho, custa a chegar às mãos deles, imagina uma dinheirama. A Amazônia tem várias espécies de mosquitos. O da malária, da dengue, da leishimaniose etc. E também tem muitas pragas, como, por exemplo, os cupins ( que existem na natureza em mais de 2.800 espécies, segundo o Google), as traças, as baratas, os ratos. E como tem rato, minha gente! Inclusive a praga de alguns seres, que, denuncia-nos a mídia, vivem se refestelando à custa da corrupção, o que, segundo nos contam, não é coisa que povo desenvolvido leve para casa, não.

PULSAR FUGAZ, O REGENTE E O DESAFINADO

(RÔ Campos)

(Acabei de compor este poema, assim que soube do último verso da vida de Steve Jobs, cujo tema me baseei nos ensinamentos que ele nos transmitiu em sua breve , mas significativa, participação na orquestra da vida)

A vida é tão breve
A vida é tão curta
Mas ainda são muitos
Os homens que surtam
Pobres diabos!
Terráqueos!
No mundo de Deus!

A vida é tão breve
A vida é tão curta
Num segundo, apenas
Tudo vira pó, poeira:
Dinheiro, orgulho, preconceito
Sem dó, nem ré, nem mi,
Nem fá, nem sol, nem lá...
Nem si.

A vida é tão breve
A vida é tão curta
É Deus, e sua batuta
É Gaia quem toca,
Quem o canto entoa
É o sol radiante que tilinta
É o vento que sibila
É a chuva que baila enquanto cai
São os leitos dos rios,
São os mares, rasos, profundos
Onde as águas da chuva se deitam
São os pássaros que voam
Que o cantar ecoam
Orquestra da vida!
Pulsar fugaz!
O homem, obra da criação
Ou, quem sabe
Do Nada
Desatento...Desentoa...
Desafina...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

COMENTÁRIOS SOBRE CRIADOR, CRIATURA E O LARÁPIO

Eu e minhas divagações sobre patéticos que "roubam" a criação alheia. Quem surrupia jamais vai conseguir fazer igual ao idealizador. Pode ser até melhor, ou pior, mas igual, nunca. Não se rouba a alma de um artista. Na verdade, penso que o máximo que o "ladrão" pode conseguir é safar o criador de uma terrível dor de cabeça, quebrando a cara, por se meter a besta em querer fazer o que sequer teve a capacidade de criar. Como citou outro dia nosso queridíssimo e inominável artista amazonense Rui Machado (não sei se a frase é dele, mas cai como uma luva): o sol nasceu para todos, mas só os inteligentes usam protetor solar.(Como diz meu amigo e parceiro Paulinho Kokay) É isso que eu digo!