quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O NORTE QUE TU ME DESTE, NORDESTE

(RÔ Campos)

Pra mim, a vida tem gosto de tudo. E todas as cores têm as cores da vida. Eu gosto de todos os sabores, de todas as cores.
O dia, quando ensolarado, tem a cor de ouro. Quando chove, o ouro torna-se prata. Mas, no final, tudo reluz, seja prata, seja ouro. Porque vida é luz!

No Norte, quando o sol desponta, a vida tem cheiro de poeira, de lenha na fogueira. Quando a chuva cai, a vida tem cheiro de terra, de mato molhado. Mas, no final, tudo é inspiração, seja chuva, seja sol. Porque vida é sol e chuva. São as quatro estações.

No Norte, quando é verão, o sol caustica. No inverno, a chuva é forte, e castiga. No Nordeste, onde é sertão, o povo sofre no solo árido, com o chão rachado, na caatinga, tudo é deserto. O oásis é sonho distante. Tudo é tão longe. Nada é tão perto. Só a dor é seu tutor.

Nenhum comentário: