(RÔ Campos)
Ah! meu amor,
Ex- amor,
Sei lá!
Não, não pude concordar
Em apagar a minha estrela,
Pra que a tua pudesse brilhar.
Não, meu amor,
Meu ex- amor,
Sei lá!
Do mal que me causaste,
Adveio o bem.
O amor que me negaste
Encontrei em outro alguém.
(RÔ Campos)
Ah! meu amor,
Ex- amor,
Sei lá!
Não, não pude concordar
Em apagar a minha estrela,
Pra que a tua pudesse brilhar.
Não, meu amor,
Meu ex- amor,
Sei lá!
Do mal que me causaste,
Adveio o bem.
O amor que me negaste
Encontrei em outro alguém.
(RÔCampos)
Trago no rosto as marcas do tempo
E na alma todo o silêncio,
Que às vezes ruge,
Outras tantas vezes acalma.
E, no meu olhar
Os sinais da íris fatigada me delatam:
Tenho andado muito cansada.
Mas a fé na vida ainda é o que me mantém inabalável.
E o tempo!? Ah!
"O tempo andou mexendo com a gente".
Mas não, eu não esqueço
"A felicidade é uma arma quente, queeeeente"
E aquilo que tanto desejamos,
Pelo o que tanto lutamos,
Quando alcançamos,
Muitas vezes é isso mesmo a causa de nossos infortúnios...
(RÔ Campos)
Eu soube do que tu vives passando por aí
Dos teus dias sofridos
Da tua dor e agonia.
Eu soube que tens andado de cabeça baixa
O olhar tristonho
Olhando para o chão.
Eu soube que tua ilusão teve fim
E que tua espera acabou
O amor que procuraste toda a vida
Até hoje não chegou
Eu soube, tua maldade te condenou.
Agora, então, posso dizer te perdôo
Porque a vida que escolheste
Tratou de te castigar.
Quanto a mim,
A vida continua me levando
Como uma doce canção de ninar.
(RÔ Campos)
Se ainda existe amor
Eu te peço por favor
Vamos parar de vez
Com essa desunião.
Pra que brigar assim
Você cobrando de mim
Sem ter nenhuma razão?
Falso moralismo não cai bem
Na nossa situação.
Sei que nos magoamos
Você me ofendeu
Eu não deixei por menos
Fomos às vias de fato.
Mas agora, já deu
Acabei te desafiando
E você, me desprezando
O ódio nos corroeu.
Eu te imploro
Pelo amor de Deus
Vamos procurar uma saída
Chega dessa vida de cão.
Por isso, eu te peço
Por favor, me perdoa
Por isso, eu te perdôo
Ainda que perdão não me peças.
A SOLIDÃO QUE MATA
(RÔ Campos)
A solidão, o abandono, a indiferença das pessoas que amamos, com as quais contamos, nem que seja para recostarmos nossa cabeça, aquelas que esperamos dias e noites a fio e nunca aparecem, tudo isso junto e misturado mata muito mais do que a própria doença de que se foi acometido(a).
Mas a vida é assim: absolutamente nada passa despercebido sob o céu que nos protege. A lei da ação e reação é implacável.
(RÔ Campos)
Um dia desses
Cansada de tudo
Resolvi virar a mesa
Peguei a tesoura
Cortei o cabelo
Joguei fora a tristeza.
Abri as minhas gavetas
Vi muita coisa bolorenta
Havia cheiro de mofo
Como esse mundo anda louco!
Gente como a gente vagando noite a dentro
Buscando para a alma conforto.
Lembrei de um amor antigo
Quando sente saudades, aparece
Depois se cansa, e vai embora
Não sem antes pisar com os pés da intolerância
Desse amor todo torto
Eu já fiz uma espécie de aborto.
(RÔ Campos)
Os dias seguem velozes
As horas passam voando
Tudo vai indo embora
Os sonhos, os planos, a memória.
Mas mora em mim tanta coisa
E uma saudade tão grande
Foi de repente avalanche
Nada ficou como antes.
Tento sorrir pras estrelas
Quero espantar a tristeza
Limpar os destroços da guerra
Que meu coração golpeou.
(RÔ Campos)
Aprendi a viver só
A solitude faz muito bem
Aprendi que viver só
É melhor que esperar por alguém.
O amor é uma armadilha
É como estar preso em uma ilha
Sem ninguém pra socorrer.
Aprendi que amar só é bom
Para quem ama por amar
Sem nada esperar em troca
Pois o amor só sabe dar
E receber é uma incógnita.
Muita gente vive assim
Sonhando à espera de alguém
Não sabem que o mundo é um moinho
A triturar amores mesquinhos.
(RÔ Campos)
Quem tem muita luz encandeia aqueles que vivem na escuridão.
Mas quem vive na escuridão não embaça os que são feitos de luz.
Quem ama não teme o ódio alheio.
Mas quem odeia queima no fogo da inveja.
Quem é da paz vive a plenitude da vida.
E quem é da guerra passa pela vida sem viver.
(*)19.05.18
(RÔ Campos)
Meu amor,
O que mais queres de mim?
Já fiz de tudo o que podia fazer
Pra me redimir.
Meu amor
Eu sei, fui eu que errei
Me deixando levar
Pelas coisas mundanas.
Mas, sabes bem
Eu já me arrependi
Te pedi mil perdões
E não queres me perdoar.
Deixa essa ferida fechar, cicatrizar
Pois quando o amor adoece
O coração agoniza e padece.
Esquece, meu amor
Que um dia te fiz sofrer, chorar
O que ficou no passado
Hoje está morto e enterrado.
Agora eu te imploro volta amor
Vamos viver o presente
Esse amor tão bonito
Que o destino nos presenteou.
(*) 12.05.2017
(RÔ Campos)
"Para compreender as pessoas devo tentar escutar o que elas não estão dizendo, o que elas talvez nunca venham a dizer."
Foi justamente isso que disse John Powell.
E, assim, muito mais do que tentar decifrar a fala das pessoas, eu viajo nesse mundo das palavras que nunca foram ditas. Muitas vezes os olhos...Os olhos dizem muito. Mas há também olhares oblíquos, como Machado desenhou os de Capitu, por exemplo. Então...Vou continuar como uma apanhadora de sonhos, colhedora de palavras não ditas, buscando ruídos no silêncio da boca, tentando compreender os que se calam, os que se recolhem para dentro de si mesmos, muitas vezes na vã tentativa de se defender do mundo exterior...
(*)16.05.2014