quinta-feira, 31 de agosto de 2023

LUA

 

(RÔ Campos)


Lua!


Ah! Se tu soubesses,

Como tua beleza

Enebria o peito  

Enche o céu de graça,

No clarão da noite,

Pura sinergia!


Eu sozinha,  aqui,

Na janela do meu quarto, 

Te espreitando,

E a madrugada,

Envolta em silêncio,

Voluptuosa,

Vem se anunciando:

Vai atravessar a noite,

Se perder no dia.


Lua!


Os meus olhos ficam

 Tão extasiados,

E meu coração,

Coitado! 

De tão tonto,

Tão embriagado,

Com tanta beleza,

Se põe a  correr,

Destrambelhado, 

Sem nem sentir medo

De parar de vez,

Porque  sabe,


Lua!


Que hoje é hoje

O amanhã,  talvez.

sábado, 26 de agosto de 2023

VIDA!!!

 

(RÔ Campos)


Pode a vida pregar todas as peças·

Te trazer e te levar·

E a vida te levou daqui·


Vida.


Mas eu, esperta, antes que a vida te levasse,

Tratei de te prender no meu coração, 

E guardei a chave·

E a vida te levou sem que ao menos me avisasse·

Mas a chave do meu coração,  esta, só eu sei onde guardei. Ninguém mais sabe.


(*) 26.08.2014

NOS CAMINHOS DESSE RIO...

(RÔ Campos)


Nos caminhos desse rio,

Muita história pra contar,

Tantos sonhos,  

 Desvarios,

Tantas luas,

Tantos sóis,

Muito sangue derramado.


Nos caminhos desse rio,

Ribeirinho,   rio abaixo, rio acima

Em busca do pão de cada dia.


Salve a mãe natureza!


Nos caminhos desse rio,

Dois destinos,

Duas margens,

Passaredos,

Passarinhos,

O mesmo leito,

A mesma gente. 


Nos caminhos desse rio...

Segue o canoeiro, descendo, aprumando a canoa, 

Subindo, na volta, remando,

Numa jornada  penosa, 

Junto com sua Maria e o menino José.

O sol inclemente batendo na sua tez ou na sua costa.

João, Maria e José

E os caminhos desse rio...

SE O TEU MUNDO CAIR MAIS UMA VEZ, EU ESTAREI AQUI

(RÔ Campos)


Um dia,

Quando te sentires novamente só

(E esse dia há de chegar), 

Podes vir me procurar,

No mesmo lugar onde me encontraste naquela primeira vez.

Quanto o mundo desabou sobre a tua cabeça,

E não havia ninguém para te livrar da tristeza dos teus descaminhos.

Te estendi a mão, e um facho de luz iluminou a tua escuridão.

Um sopro de vida te fez levantar e seguir...

 

Mesmo que eu esteja cansada

De minhas intermináveis batalhas,

Te receberei com um sorriso. 

Eu te darei meu ombro,

Te cederei  meu precioso  tempo,

E te ouvirei atentamente, horas a fio,

Dizeres mais uma vez  sobre o teu penar...