sábado, 25 de agosto de 2012

ESCROQUE


(RÔ Campos)

A gente quase esquece
Da vida, do amor
Quando a pessoa que a gente sonha
Que a gente quer, enfim, aparece.

A gente se entrega
Deposita todos os sonhos em suas mãos
Acredita que está amando a pessoa certa
Tudo diz que sim. Nada nega.

A gente não quer mais saber do mundo
Não há nada mais lá fora
Dia e noite, cedo, tarde
Todas as horas se doando.

A gente, então, descobre
Que esse amor era mentira
Não passava de uma farsa
E o manto da dor desce e te cobre.
C

AMORES IMAGINÁRIOS


(RÔ CAMPOS)

Da janela do meu quarto
Vejo o mar, tão perto
Os pensamentos voam
Vão tão longe.

Aonde me levariam essas águas
Lá, do outro lado do mundo?
Quantas tempestades atravessaria?
Quantos seriam os meus dias de bonança?

Vejo os navios, ancorados, quem sabe marujos
Em solidão, à noite, contando as estrelas
Na imensidão do mar de águas turvas
Neste solo, visto do alto, emaranhado.

Aonde tu me levas, agora, pensamento
Senão a outros mares desconhecidos
Nunca dantes descobertos, vividos
De amores imaginários.

(escrito em 24.08.12, na janela da pousada Tambaú, à Av. Litorânea, praia do Caolho, de frente para o mar, na Ilha do Amor, São Luis do Maranhão, cujo Estado recebe esse nome em razão dos emaranhados que se vê em seu solo)

MOINHOS DE VENTO


(RÔ CAMPOS)

O mundo me ensinou
A flor que é a vida
Para muitos rosa desvalida.

O mundo me ensinou
Que a lágrima que caiu
Secou, sumiu.

O mundo me ensinou
Quem ontem me enganou
Hoje chora, sozinho, e eu sorrio.

O mundo me ensinou
Que não fui eu a vencida
E quem pensa que ganhou, perdeu.