quinta-feira, 6 de outubro de 2011

PULSAR FUGAZ, O REGENTE E O DESAFINADO

(RÔ Campos)

(Acabei de compor este poema, assim que soube do último verso da vida de Steve Jobs, cujo tema me baseei nos ensinamentos que ele nos transmitiu em sua breve , mas significativa, participação na orquestra da vida)

A vida é tão breve
A vida é tão curta
Mas ainda são muitos
Os homens que surtam
Pobres diabos!
Terráqueos!
No mundo de Deus!

A vida é tão breve
A vida é tão curta
Num segundo, apenas
Tudo vira pó, poeira:
Dinheiro, orgulho, preconceito
Sem dó, nem ré, nem mi,
Nem fá, nem sol, nem lá...
Nem si.

A vida é tão breve
A vida é tão curta
É Deus, e sua batuta
É Gaia quem toca,
Quem o canto entoa
É o sol radiante que tilinta
É o vento que sibila
É a chuva que baila enquanto cai
São os leitos dos rios,
São os mares, rasos, profundos
Onde as águas da chuva se deitam
São os pássaros que voam
Que o cantar ecoam
Orquestra da vida!
Pulsar fugaz!
O homem, obra da criação
Ou, quem sabe
Do Nada
Desatento...Desentoa...
Desafina...

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