sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

I HAVE A DREAM! (MARTIN LUTHER KING)

I have a dream! (Eu tenho um sonho, disse Marthin Luther King). E o meu sonho é que as pessoas se libertem de impostores, exploradores, sanguessugas, dominadores. Que encontrem a chave da porta do conhecimento. E isso só se alcança com muita leitura, e com a disposição do homem para livrar-se das algemas, do medo que lhe impuseram desde sempre de ao menos pensar, cogitar, supor outras possibilidades. A Igreja disse e repete que o homem comete pecados por pensamentos, palavras e obras. Aí o cara morre de medo de ao menos pensar. Fecha-se em seu mundo, com todas as suas incertezas e dúvidas. Teme abrir a boca e ser considerado maldito, não merecedor de viver. Teme ser castigado por uma entidade que o homem esculpiu com palavras. E muitas vezes nem chega a temer a sentença do próprio homem, do juiz, por exemplo, que é de carne e osso, e em tese exequível. Um magistrado é igual a ele. Ele sabe de onde vem essa sentença, e, mesmo que não mereça, ele pode recorrer. Mas a sentença hipotética desse Deus forjado por impostores e mercadores da fé, essa sim, causa-lhe calafrios, e puseram-lhe goela adentro que ela é irrecorrível. Haverá o juízo final! Atreva-se a dar um livro de Nietzsche de presente para alguém que, mesmo sem professar, diga-se católico. Eu já trazia muita coisa sobre isso, que me foi passada por meu pai, um sujeito muito simples, mas evoluidíssimo. Depois que passei a ler Nietzsche, e abri meu coração e minha mente para essa leitura, sem medo de ser feliz, buscando, indagando, refletindo, juro que me tornei uma pessoa melhor, com melhor compreensão das pessoas e do mundo. Concomitantemente a Nietzsche, também li Elogio da Loucura, de Erasmo de Roterdam, e os Ensaios de Montagne. Finalmente, A Origem das Espécies, de Darwin (que nem terminei de ler, pois um ex me levou e nunca mais me devolveu). Esses livros formam a minha base, o meu alicerce. Depois vieram outros: Jean Jacques Russeau, Voltaire, Sócrates, Santo Agostinho, vários do Espiritismo, a Perestroika, a Bíblia, o Alcorão (que até hoje tenho em minha biblioteca),livretos do Rosacruz. Aí vieram os romances e outros: Jorge Amado, José de Alencar, Érico Veríssimo, Machado de Assis, Marcio Souza etc.etc..e recentemente Milton Hatoum. E as poesias: Camões, Pablo Neruda, Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Wal Whitman, Maiakovski, Ferreira Gulart etc. Frequentei a Igreja Católica (fiz, inclusive, a primeira comunhão e chequei a batizar meus filhos, cumprindo uma convenção, diga-se de passagem). Fiz promessas a santos, fui devota de São Sebastião e Santo Antonio, participando, durante vários anos, das procissões). Frequentei também, terreiros de umbanda, o Espiritismo (minha família sempre foi Espírita Kardecista, desde a minha avó paterna e minha bisavó materna), fui a alguns eventos na Igreja Batista, a convite de uma amiga, frequentei a Seicho-no-iê (acho que é assim que se escreve). No campo da música, já ouvi de tudo. No passado, comprei tanta porcaria, que até eu duvido hoje. Mas aí é que encontrei a lapidação. A quem é dado conhecer o que é bom jamais vai querer o ruim. A humanidade evolui, sempre! Moral da história: nunca me fechei pra nada na vida. Além de ser eclética em absolutamente tudo, sou uma eterna curiosa. E aprendi com meu segundo pai essa lição: já que não sabemos de onde viemos, para onde vamos, se existe vida após a morte, o melhor que temos que fazer é viver a vida, fazendo o bem, sem olhar a quem, porque, se houver outro mundo, nós seremos bem recebidos lá. Se não, teremos sido bons, teremos amado, teremos vivido. É assim que eu venho procurando fazer. E, graças a meu Deus, que vive dentro de mim, sou feliz, assim!!!

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