quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

CONSIDERAÇÕES SOBRE A SAUDADE E A ETERNIDADE

Cunhei uma frase assim: "Não adianta fugir: as lembranças são um cárcere e a saudade um punhal cravado no peito". E se eu arrancar esse punhal, será que eu corro o risco de morrer? Será que tento? E se eu morrer? Ah - concluí -, se eu morrer vou ficar triste, porque prefiro viver com saudade do que morrer por causa dela. Então, preferi deixar o punhal quietinho no meu peito, com o sangue estancado, e as lágrimas escorrendo no meu rosto, chorando com essa saudade que dói, mas um dia passa, porque tudo passa, tudo o vento leva, tudo o tempo sara.

Mas saudade dói demais! São horinhas que você sente vontade de ter poder, ter uma varinha de condão e dizer: faça o que eu lhe ordeno: Traga alguém pra mim ou me leve pra ele. Faça-me ficar junto dele. Faça-o saber que não importa que ele não tenha lido nas linhas de minhas mãos que eu o teria na minha vida, porque a leitura dele foi equivocada, ou, então, que eu posso, que eu tenho o poder de fazer acontecer a minha vida diferentemente do que está previsto nas linhas de minhas mãos, pois eu faço o meu destino. Tanto é que, sim, eu já o tenho, ou pelo menos o tive na minha vida, e isso jamais irá se apagar, pois já está gravado no éter. Não importa o tempo que dure esse "ter", porque não é o tempo de duração que define. Basta um momento, apenas...e terá sido uma eternidade.

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