sexta-feira, 2 de julho de 2010

EU CANTEI A PEDRA

Pois, vejam só, qual foi o último texto que postei??? Eu avisei! Só não enxergava quem não queria, que essa seleção ia dar no que deu. Faltava açúcar, afeto, uma ausência de um não sei o quê, que me incomodava. O técnico, um verdadeiro Dunga-Zangado. Um anão no quesito humildade, relacionamento humano. Que segurança poderia passar aos jogadores, para que pudessem procurar tranquilidade no momento em que foram mais exigidos? A seleção, que não era lá essas coisas, ficou pior ainda, desmoronando-se, literalmente, ao tomar o primeiro gol. O sentimento de obrigação de vencer em tudo na vida retira do homem a sua capacidade de viver integralmente, de contemplar, de aprender com os erros. É vencer ou vencer. Isso desestabilizou a seleção brasileira, quando, na realidade, nem sempre se vence, nem sempre se perde. No final, de 32 seleções mundiais apenas uma vence. Por que teria que ser o Brasil, sempre? Lidar com as vitórias e as perdas é um exercício.Evitemos os excessos, em quaisquer das situações. Depois, a gente começa a perceber que vitória é poder viver a vida em sua totalidade e que perder foi apenas mais um sonho que se foi. Mas sonhos vão, sonhos vêm. E se eles não vierem, a gente inventa, pois nossa necessidade de sonhar é vital. A realidade é uma fera e se não escaparmos dela, nos devora. Bom, mas a seleção também teve seus méritos. Jogou feio quando o adversário era feio. Melhorou um pouquinho quando o adversário foi mais ousado. Com o seu descobridor, foi quase um Brasil-Colônia. Passeou pelo Chile e, finalmente, naufragou nas pontes de Amsterdam. Havia um gigante, não se pode negar: Lúcio, guerreiro, sempre combatendo bem o seu combate. Se esqueci de alguém, desculpem-me.
Agora sou Argentina e não abro, mas tenho cá a impressão de que a Holanda, no final, é quem fará a grande festa.

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