sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

ENQUANTO HOUVER SOL

(faço repeteco do poema que escrevi no final do ano passado. Pra quem está desanimado, o negócio é o seguinte: não desista nunca, enquanto houver sol. O título do poema é óbvio, pois, sabidamente, sem Sol (e a água, é claro) não haveria vida no planeta. Então, se o mundo não vai acabar, porque eu vou desistir??? Jamé!)

Não desista agora,
Ainda é possível,
O relógio nunca para de marcar a hora,
O amanhã virá, mesmo que o Sol não saia.
Fugir não faz sentido.
Eu sei, você sempre pode,
Há vida do lado de fora,
Além da morte de nossas ilusões.

Vem, me dá tua mão,
Vamos seguir em frente,
Buscar o que deixamos pra trás,
Redescobrir nossos sonhos.

Eu sei, acreditar é difícil,
Mas basta abrir o coração.
Não desista agora,
Ainda é possível.

A noite é escura e assombra
Bem sei,
Mas nós confiamos no Bem,
Não tememos fantasmas,
Tantas foram as estradas que já passamos,
E amanhã, quando o dia acordar
Teremos vencido o medo.
Não desista agora
Ainda é possível.

Olhe, o inverno já se foi,
É chegada a primavera,
As flores estão se abrindo,
Os pássaros cantando.
O mundo é dualidade:
Às vezes somos alegres, às vezes tristes,
Mas, creia, viver é sempre uma possibilidade.
Por isso, espere até amanhã,
E depois de amanhã, e depois, e depois
Mas não desista agora,
Ainda é possível.

Veja como o Sol nasce e morre todos os dias,
E quando ele renasce, já não é mais o mesmo Sol,
Cada dia é uma renovação.
Assim também somos nós,
Partes deste mundo tão sensível.
Por isso, eu te digo
Não desista Nunca!
Sempre é possível,
Enquanto houver Sol!"

(RÔ CAMPOS, 23/11/2009)

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