domingo, 12 de setembro de 2010

A PONTE

(Zeca Tocantins)

Confesso que não me agrada
nem
a pequenez do ter
nem a imensidão do nada.

E desconheço o
mais forte:
se a peleja da vida
se o descanso da morte.

Insiro
ne meu poema:
toda angústia do texto
toda a beleza da cena.

Prefiro
pensar assim:
a ponte destes extremos
passa por dentro de mim.

Do livro "Colhedor de Manhãs"

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