domingo, 1 de agosto de 2010

A TRISTEZA QUE REBUSCA

Basta-me uma noite apenas de tristeza,
Para que logo eu tenha certeza:
Quero minha alegria de volta.
Não vale a pena
A lágrima cair em vão,
O riso se fechar,
O siso me punir.

Basta-me uma noite apenas de tristeza,
Para que na minha reclusão de poucas horas,
Após uma quase faxina na alma,
Venha uma voz serena, que me acalma,
Porque fala a linguagem da mansidão
E abre as portas de meu coração.
Vai-se a agonia que a ventania carrega,
Vem me embalar a brisa suave.

Basta-me uma noite apenas de tristeza.
Poucas horas é muito tempo
Pra deixá-las ir embora sem vivê-las.
É tênue a linha entre a vida e a morte;
Desta, é a tristeza companheira.
Almejo uma melhor sorte.

Basta-me uma noite apenas de tristeza,
Para que eu compreenda que amores vêm e vão.
Que é melhor seguir sozinha, se essa tal felicidade,
É brinquedo de menino. Vou quebrar, vou jogar fora
Minha vida, flor querida
O teu néctar vou sorver, até a derradeira gota
Quero ser sempre menina-moça
Meu coração jamais deixar envelhecer.

RÔ CAMPOS, 01/08/2010

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