domingo, 4 de abril de 2010

VAMOS APAGAR ESSA IDEIA MORTAL

Blog, sempre ouvi dizer, tem que escrever todos os dias. Mas sábado comecei a sentir um enorme mal estar logo à tardinha. No começo da noite, o espanto. Fui surpreendida por um aumento da pressão arterial. Há mais de 10 anos sofri de Síndrome do Pânico. A sensação foi a mesma. Você se vê, literalmente, frente-a-frente com a morte. No momento em que você parece entender que será o fatal,surgem pensamentos em sua mente numa velocidade inimaginável. Pensei em meus filhos, em minha mãe e numa pessoa especial que vive longe, mas habita em meu coração. Há outras dezenas de pessoas em quem pensar, obviamente, porém, a sensação de morte é tão iminente, que acredito que não há tempo suficiente para abarcar tantas pessoas nas lembranças, pensamentos e outras coisas mais.
Depois desse chamado "momento fatal", você, em meio a tanta angústia, começa a refletir sobre os motivos que o levaram a esse estado, tira suas conclusões, recomeça as suas promessas: não ponho mais um cigarro na boca, tenho que maneirar os exageros, cuidar do coração porque, ele, realmente não merece o que despejamos em suas artérias.
Aumento de pressão arterial por razões óbvias (cigarro, álcool, alimentação rica em gordura, carboidratos etc) ou Síndrome de Pânico, ou os dois juntos (pois o álcool e o fumo são detonadores dos sintomas do Pânico) a verdade é que a gente percebe o quanto é tênue a linha entre a vida e a morte. Cigarro é uma desgraça e não existe meio termo para adjetivá-lo. O grande vilão da morte evitável, segundo ouço falar constantemente, e sábado, no ápice da minha crise, surge, na tela da TV (acho que na Record) um programa debatendo sobre o tabagismo, cujo início tinha exatamente essa chamada: o cigarro é o responsável por tanto por cento (não me recordo, é claro) de mortes evitáveis causadas pelo fumo. Desliguei a TV. Não me interessava, naquele momento crucial, ouvir sobre o óbvio, que, naquele instante, poderia estar me matando.
Hoje, madrugada de segunda-feira, fazendo uma análise de tudo,e levando em consideração como me sinto desde as primeiras horas da tarde de domingo, cheguei à conclusão indiscutível: não tive crise de pânico, mas, sim, aumento de pressão arterial em razão do que já mencionei antes. Xô, cigarro. Tenho mais é que viver!!!!

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