quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
A PELEJA ENTRE A VAIDADE E A HUMILDADE
(RÔ Campos)
Paira sob os céus o silêncio dos inocentes contra o alvoroço dos cúmplices dos culpados. E há um olhar sobre o que se afasta das coisas do espírito, das artes, e se apega com todas as garras às coisas da matéria, da glória a qualquer custo.
Escancaram-se sonhos tão frágeis, tão frouxos, tão comezinhos, opacos. São sonhos sem magia - essa magia que embala verdadeiramente a vida -, que debulham-se diante da realidade fria, e, ainda assim, teima-se em sonhar um sonho sem vestir a fantasia que adorna e afaga o espírito. É a fogueira das vaidades. O ego brada retumbante, e a alma queda e cala. Só os espíritos sutis não se debatem nesse fogo nada brando.
Parafraseando o poeta, apenas as almas que não são pequenas sabem verdadeiramente o que vale a pena e não se distraem nessa peleja entre a vaidade e a humildade.
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