domingo, 9 de dezembro de 2012

OLHO NO LANCE

(RÔ Campos)

Não resisti. Liguei meu computador só para fazer esta postagem no Face e aproveitei para postá-la também aqui no blog.

Estava lendo A Crítica de ontem, sábado, quando deparei-me com a matéria em torno da malsinada PEC DA IMPUNIDADE, como ficou conhecida essa proposta indecente que quer impedir o Ministério Público de realizar investigações criminais, reservando-as apenas às polícias, um retrocesso sem precedentes, principalmente no combate à corrupção, já que essa instituição (Ministério Público Federal) tem sido fervorosa combatente ao crime organizado, desmantelando quadrilhas que sangram os cofres públicos com prática tão abominável.

Pois bem, nessa matéria, A Crítica comenta que, entre os parlamentares amazonenses em Brasília, que foram contatados pelo jornal, apenas Carlos Souza se mostrou favorável à indecente PEC, "argumentando" que o papel do Ministério Público é apresentar denúncia junto à investigação, tendo o parlamentar em questão requerido, ainda, que somente a polícia tenha o poder de investigar os crimes.

Aí eu fiquei, aqui, a me perguntar: Se o Ministério Público tem feito tão bem a tarefa de casa, procurando, escarafunchando, investigando, desmantelando quadrilhas e assombrosos esquemas de corrupção, redundando, inclusive, na condenação dos meliantes, a quem interessa retirar do MP essa atribuição constitucionalmente garantida pelo legislador constituinte da Carta Democrática de outubro de 1988, e limitá-la exclusivamente à polícia, que, ao que se sabe, sequer consegue executar suas tarefas mais tradicionais a contento, por razões que não nos fogem ao conhecimento?

Precisamos acordar para tão importante questão, pois esse movimento em prol da impunidade no Brasil vem de encontro a nossos anseios, lutas e conquistas em busca de um país melhor para nós e nossos descendentes, quando precisamos fechar o maior número de portas possíveis a evitar facilidades para que corruptos inveterados, tais vampiros, continuem a sangrar os cofres públicos, desviando verbas que deveriam ser utilizadas na educação, na saúde, na moradia, dentre outras, de interesse vital, principalmente da camada mais pobre do povo brasileiro.

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