terça-feira, 2 de outubro de 2012

RESSUSCITA-ME

(Compus esse poema há alguns anos, num momento delicado e ao mesmo tempo lindo, quando você própria corta a carne com a navalha, e compreende que é a única responsável por suas decisões. E então, você procura forças para suportar o resultado aparentemente negativo naquele momento. Mas o tempo há de lhe mostrar que tudo tem um propósito maior, que é sempre subir um degrauzinho na escada da evoluçã
o espiritual. O meu Deus interior nunca me abandona)

RESSUSCITA-ME
(RÔ Campos)

Ressuscita-me!
Quero acordar e viver ainda o que me resta
Enquanto a chama ardente queima.

Ressuscita-me!
Quero ver o dia nascer e o Sol se por,
As estrelas brilhando no céu.

Ressuscita-me!
Sei que ainda é cedo.
Não, não deixe que fique tarde.

Ressuscita-me!
Ainda tenho tanto que viver.
Eu sei, és Tu quem sabe,
Mas meu peito ainda pulsa forte.
Tenho muita sede de viver.

Ressuscita-me!
Sei que tens esse poder,
Sei que és Supremo.
Faça-me ver onde paira a escuridão.
Faça-me aceitar o que não posso mudar.
Faça-me suportar a dor de minha decisão.
Só o teu amor me faz feliz.

Ressuscita-me!
Sei que errei tantas vezes,
Mas é tão difícil Te seguir:
Humana, sou demasiadamente humana.

A Teus pés, agora, imploro:
Ressuscita-me!
Só o Teu amor perdoa.
Só o Teu perdão me faz viver.

Ressuscita-me!
Dá-me de volta a vida,
Essa pérola que a alguns porcos entreguei.

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