sábado, 13 de outubro de 2012

A ROSA PURA

Hoje é aniversário de nossa irmã primogênita, a madre superiora. Não sei exatamente quantos anos ela está completando, talvez 62, algo assim. Ela não vai ler isso aqui, porque não tem tempo nem saco pra Facebook, muito embora seja uma pessoa antenada. Só sei dizer que minha irmã Babyzinha foi, na nossa infância, uma espécie de segunda mãe. E ela tem um significado muito especial em minha vida. Além de ser uma pessoa adorável, justa, leal, amantíssima, voluntariosa, abnegada, é a responsável pelos caminhos iniciais que comecei a trilhar na literatura. Foi minha irmã Rosalba que, após a fase das leituras de Branca de Neve e os Sete Anõs, Alice no País das Maravilhas, Chapeuzinho Vermelho etc., iniciou-me na leitura de bons livros, por volta dos 13 anos. Foi ela que me levou para o primeiro emprego, aos 14 aninhos, na extinta BRASILJUTA, na então longínqua Estrada do Paredão, no bairro da Colônia Oliveira Machado (e nós morávamos no bairro da Matinha). De lá, eu estava pronta para enfrentar o mundo, às vésperas de completar 18 anos. E foi o que fiz. Foi com ela que conheci e aprendi a gostar da boa música, de teatro, a gostar de viajar, estudar, estudar e estudar, e do trabalho voluntário, que iniciei junto à APAE, fundada na década de 1970 pela saudosa e voluntariosa D. Tereza Guerreiro. Rosalba, que até hoje trabalha com o glorioso Dr. Mario Guerreiro (e já se foram mais de 40 anos) sempre foi uma mulher refinada, culta, humanista e simples. É uma dessas pessoas iluminadas, escolhidas, e, como toda Rosa, rara, alva, rainha das flores, no dia em que partir para o Jardim do Éden, deixará o seu perfume delicado e doce impregnado nas lembranças de todos que tiverem o privilégio de conhecê-la e com ela conviver na intimidade.
Rosalba é a conjugação perfeita do verbo amar, cantado e decantado por Francisco de Assis, o despojado, o iluminado.

Nenhum comentário: