sexta-feira, 26 de outubro de 2012

BÁLSAMO

(RÔ Campos)

Tem alguma coisa gritando em meio a esse silêncio. Abro as portas, escancaro janelas. E me vem o passado e insiste em entrar por entre as frestas. Alcança-me direto o peito. Rasga-me a alma. Os olhos marejam. Preciso de um lenitivo, um bálsamo.
Quanta sorte tem todo aquele que a alma canta, que a alma dança, que a alma ri, que a alma chora! Quanta sorte tem quem muito ama! Quem muitas vezes morre!Quem outras tantas dorme e levanta-se a cada novo amanhecer.

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