(RÔ Campos)
Se tiverem de me mandar
Mandem-me flores
Os espinhos, esses, eu os dispenso
Já tenho os meus
Frutos da minha semeadura
Onde vez ou outra me arranho
Me firo, me lanho.
E se flores me mandarem
Que sejam flores viçosas
Com o frescor dos bosques
E o aroma das rosas.
As flores desbotadas, desfolhadas
Sem perfume, sem viço
Essas, já recolhi dos jardins onde plantei
Cujos buquês se consumiram nas veias do tempo.
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