quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

UM

(RÔ Campos)

Quem sabe, um dia,
Quem sabe...
Pretos e brancos,
Árabes e israelitas
Judeus, Muçulmanos, Maronitas,
Católicos, Evangélicos, Budistas...
Europa, Ásia, África, América, Oceania.
Ricos e pobres.
Uma só nação.
Uma só pulsação no coração da terra.
Um só pulmão.
Um mundo de todas as cores e todos os olores.
Quem sabe a profecia Maia,
Quem sabe...
Uma única pátria.
Sem fronteiras nem porteiras.
Onde casas não precisem de muros,
Nem de grades, nem de cercas eletrizadas.
Onde edifícios que tenham elevadores de serviço,
Sejam apenas para o serviço.
E o elevador social não tenha dono.
Onde não sejamos prisioneiros do medo.
Onde ninguém venha a sucumbir de fome,
Nem de sede, nem de frio, nem de solidão.
Onde o próximo não seja órfão de nossa própria negligência,
E a indiferença não desenhe rostos.
Onde o ressentimento não encontre assento
E o ódio não se refestele num encosto.
Onde o amor seja o único sentimento
E a paz reine para sempre.

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