segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

UM OLHAR SOBRE A JUVENTUDE ATÉ A VELHICE

(RÔ Campos)

A juventude provoca enormes explosões dentro da gente. É um mundo em construção, cheio de materiais, muitas as dúvidas. Não se sabe o que utilizar, nem a ordem de nada. A maturidade te concede essa percepção. Ao invés de institivo, agora és o teu comando. A velhice te rouba alguns bens, e também te dá outros de presente. Ás vezes, dependerá muito do que obraste à época da primavera de tua vida. Mais tarde, quando chegar a fatura, não podes te eximir de pagá-la: o credor é implacável, qual um câncer devorador. A velhice é uma data no tempo. Perde-se o vigor e ganha-se fragilidade. Ganha-se também experiência para fazer sabe-se lá o quê com ela. Nem adianta querer repassar aos seus filhos e netos e bisnetos. Cada um quer sentir na própria pele, cortar a própria carne, escrever sua própria história. Tua experiência não gerará filhos para os teus filhos. A experiência é algo absolutamente pessoal. É como no direito penal, em caso de cometimento de crime: nenhuma pena passa da pessoa do condenado.

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