quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A nova política do Brasil perante a migração haitiana

Lamentável! Quanto à parte final desse artigo, urge que o governo brasileiro realmente traça um plano de ação para integração dos haitianos à sociedade brasileira. A situação é absolutamente delicada. Os imigrantes haitianos no Brasil vêm de uma realidade incomensuravelmente diversa da brasileira. Não somos um oásis. Longe disso. Mas não podemos olvidar que os nossos queridos novos brasileiros vêm de um país onde viviam em situação de extrema pobreza, com histórico de anos de exploração e aviltamento, bem assim de espoliação de seus direitos fundamentais, com a comunidade internacional de costas viradas para aquela nação, hoje reduzida a pó e escombros. Para que esses novos brasileiros sejam assimilados, mister se faz que o governo brasileiro trace estratégias fundamentais. Somos um país em crescimento. A 6a economia do mundo, após desbancarmos a Inglaterra, o berço da Revolução Industrial. Isso não é pouca coisa. Passados os primeiros momentos de recepção e abrigo dos haitianos em condições dignas de moradia e o cuidado com a alimentação, o passo seguinte é o de providências da documentação pertinente, como CPF e Carteira de Trabalho. Outra medida primordial e urgente refere-se à saúde desses novos brasileiros, que devem passar, imediatamente, por avaliações médicas sobre seu estado geral, a fim de resguardar a sua saúde e mantê-los aptos ao trabalho. Tudo isso já vem sendo feito pela Igreja Católica, mais recentemente apoiada pelos Evangélicos e Espíritas Kardecistas da Fundação Allan Kardec, em Manaus. Mas pode e deve avançar, com o Estado do Amazonas, a princípio arredio, começando a fazer a parte que lhe compete. Agora, o governo federal precisa criar programas de treinamento dessa mão de obra a ser alocada no mercado de trabalho, inclusive, num primeiro momento, com relação ao ensino da língua portuguesa, uma barreira que impõe-se seja quebrada. Para isso, deve repassar verbas ao Estado do Amazonas, para que implemente esses programas federais. Sem treinamento adequado, esse processo de assimilação estará fadado ao fracasso e as consequências serão consideráveis. Disse-me ontem um amigo, filósofo, administrador, economista e empresário: Cada lugar tem a sua cultura. Um pedreiro no Haiti não será, por exemplo, o mesmo pedreiro no Amazonas. Para o imigrante haitiano integrar-se à nossa cultura, isso demandará tempo, treinamento, oferecimento de condições para tal e vivência. Provavelmente entre 3 a 5 anos. Nesse período, os governos, nas três esferas, precisam estar voltados para essa causa. E o Legislativo também não pode se omitir, ficar em cima do muro, como vem fazendo até agora, à exceção de uma atitude do Senador pelo Amazonas Eduardo Braga, que solicitou uma reunião terça-feira passada, cujo resultado ainda não tivemos conhecimento. A ONU, através da ACNUR - Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados também deve estar fazendo a sua parte. Um fracasso do Brasil ( oferecido ao mundo - e em especial ao Haiti - de braços abertos pelo ex-presidente Lula) nessa questão humanitária será desastroso para o país. Eis uma missão cujo resultado escancarará ao mundo o verdadeiro Brasil. (RÔ Campos













A nova política do Brasil perante a migração haitiana

Nenhum comentário: