quarta-feira, 3 de agosto de 2011

SOMOS UM PAÍS LIVRE. VAI TRABALHAR, VAGABUNDO...

Gente, minha gente, pelo amor dos meus filhinhos, não permitam mais que a peteca caia. A palavra final já foi dada por quem é competente para isso, ou seja, o Supremo Tribunal Federal. A Corte Suprema já afirmou o que a Constituição Federal promulgada em 1988 declarou, Constituição essa que é um marco no rompimento com um regime ditatorial repugnante, que permaneceu durante longos 21 anos, provocando um retrocesso sem precedentes no desenvolvimento tecnológico, educacional e social do país: SOMOS UM PAÍS LIVRE, UM REGIME DEMOCRÁTICO DE DIREITO. Tudo o que existia antes contrário a todos os princípios ínsitos na Constituição Cidadã de 1988, já não existe mais. O TRABALHO É UM DIREITO DE TODOS. A DECISÃO DE ASSOCIAR-SE OU SINDICALIZAR-SE É DE CADA UM. É LIVRE A EXPRESSÃO ARTÍSTICA E DE PENSAMENTO, NÃO ESTANDO NINGUÉM OBRIGADO A INSCREVER-SE EM QUALQUER ÓRGÃO, MUITO MENOS A PAGAR TAXAS PARA PODER EXERCER O SEU OFÍCIO. Não são os músicos que têm que bater às portas do Poder Judiciário para receberem autorização para trabalhar e se expressar, POIS A CONSTITUIÇÃO DEMOCRÁTICA ASSEGURA PLENAMENTE ESSE EXERCÍCIO. Não tenham receio desse povo que está aí. Eles é que estão contra a lei, a Lei Maior. Eles é que são os parasitas. Eles é que deverão procurar o que fazer, trabalhar, para se sustentarem, ao invés de perseguirem quem quer e precisa trabalhar dignamente para sobreviver e exercer a sua arte, para, com isso, terem de onde pagar seus salários. Se é que pode chamar-se isso de salário, essa contraprestação devida a quem verdadeiramente trabalha. Uma vergonha. Uma indecência. Uma excrescência. Vamos fazer jus àqueles que tanto lutaram para que esse país saísse do subterrâneo em que esteve por tantos anos. A luta deles não pode ter sido em vão. Alguns pagaram com a própria vida. Outros, tornaram-se dementes com tanta tortura. Tantas estrelas apagaram-se neste país, e não é possível que, passados mais de 21 anos, ainda não tenhamos, como um todo, sequer atravessado a barreira da adolescência no exercício da Democracia, numa época de tanto progresso tecnológico, onde pessoas conseguem mobilização em massa via internet, contra ditadores de países, o que podemos dizer, no Brasil, de órgãos fantasmas, que ainda resistem ao tempo, mediante pressão, ameaça, coação, toda a sorte de arbitrariedade, simplesmente porque poucos têm consciência do que vem a ser cidadania e se postam contra esses abusos, de quem provavelmente não tem onde cair morto. Caso contrário, já teriam tido a dignidade de sair de um local onde jamais deveriam ter entrado.

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