segunda-feira, 29 de agosto de 2011

AONDE VAIS, HOMEM?

(Texto que escrevi e postei no Faebook na madrugada de domingo)

Há alguns dias, quando comecei a ver algumas postagens aqui no Face, a respeito de uma tal (ou um tal, sei lá) UFC, fiquei me perguntando o que seria isso. Cheguei até a imaginar que pudesse tratar-se de uma banda de rock ou coisa similar. Em seguida, conversando com meu filho Éric, ele explicou-me que trata-se de esporte de luta. Sabendo que eu estava impressionada com a atenção e importância que várias pessoas estavam dando ao caso, ele simplesmente perguntou-me se eu tinha ideia do valor envolvido no negócio. Segundo ele, é muito dinheiro.

Pois bem. Saí por volta das 22:00 horas de ontem e retornei agora, na madrugada. Liguei meu laptop, dei uma passeada pelo meu mural, escrevi, emocionada, o texto sobre a covardia que resultou no roubo da vida do cientista social, professor, escritor e poeta Moysés Mota. Nesse passeio pelo meu mural, constatei a ocorrência de incontáveis postagens sobre a tal da luta. Ainda não tinha visto nada igual no FACEBOOK, nem mesmo com relação aos fanáticos torcedores de times de futebol.

Fiquei me perguntando sobre o que levaria uma pessoa a prender-se com unhas e dentes à frente de um aparelho de TV, assistindo a uma luta entre dois homens, ao mesmo tempo em que narra em seu computador como a coisa está se passando, com uma eloquência que até parece estar chegando a um orgasmo.

Talvez, quem sabe - pensei -, cada um escolhe o seu lutador, aquele por quem vai torcer, e entra dentro dele, como se fosse o próprio. Não vejo outra alternativa.

E tanta coisa melhor pra se fazer nesta vida...Mas, como eu já disse outro dia a respeito do Big Brother Brasil: Só entra em minha casa o que eu permito. Lixo, não entra. Lixo, sai.

Bom, é claro, isso é apenas o que eu penso. Cada um pensa e faz o que bem entende de sua vida. Mas que é um derperdício de energia, ah, isso é.

Melhor do que assistir a homens se debatendo em uma luta, é amar, é brincar de cavalinho com o filho, é embalar o filho no balanço do parque, correr na praça, brincar de bola, brincar de brincar de luta com o filho, mas uma luta de virar-se no chão, com abraços apertados, criar laços, desatar nós. Brincar de soldadinho com o filho, mas não para ensinar-lhe a ir a guerra, a matar, e, sim,para orientar-lhe sobre o valor da vida, a defender essa vida, cuidando do nosso planeta, de onde retiramos nosso sustento. Com a filha, também.

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