domingo, 16 de maio de 2010

VIVENDO A VIDA, SIMPLESMENTE.

Fiquei feliz ao receber uma mensagem, hoje, de um grande e amado amigo, em esposta à postagem de ontem, a respeito do exemplo de superação do pianista e maestro João Carlos Martins. Imediatamente, enviei a mensagem abaixo para ele, que quero compartilhar através desta nova postagem.

"Poxa vida, fiquei tão emocionada com suas palavras que você nem pode imaginar. Mas a verdade é como você disse mesmo, acabamos unindo forças com nossas trocas, nossas conversas. É por isso que o homem não sobreviveria se fosse só, pois o que permite a vida é exatamente esse "todo" que acabamos formando no universo. Quero também dizer uma coisa pra você: tenho passado por muitas, mas muitas coisas realmente pesadas, mas, a grande maioria foi resultado de minhas ações. Esse reconhecmento, essa certeza, acaba me fortalecendo. Sou humana, demasiadamente humana. Nossas vidas são feitas de escolhas, de decisões. Obviamente que nunca desejamos o pior para nós. Entretanto, errar é inevitável, porque a vida não é simplesmente uma ciência exata. Viver é exato, até que a morte vem e nos arrebata. Mas a vida sequer é uma ciência. Viver é uma arte. Viver é a própria expressão da arte. E o que os artistas fazem com a sua arte? Anos a fio a vão lapidando, procurando a perfeição, que, por sinal, jamais irão encontrar, pois a perfeição é o fim de tudo. Por isso a própria natureza é inacabada. Erra quem diz que ela está pronta.
Então, meu amigo querido, comece a aceitar-se como um ser imperfeito, que faz escolhas certas e escolhas menos certas, mas que jamais desiste das ribaltas da vida. Comece a pensar que coisas também acontecem, independentemente de sua vontade, porque assim é a vida. E Nietzsche disse para não procurarmos explicações para tudo, porque nem tudo se explica, simplesmente acontece. O importante, finalmente, é que ao menos tentemos levar a vida como diz a Oração da Serenidade, muito invocada pelos Alcoólicos Anônimos: "Deus, conceda-me Serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar, Coragem para modificar aquelas que posso e Sabedoria para reconhecer a diferença".Ah, muito importante, também, é sempre tratarmos os outros como gostaríamos que nos tratassem. Só assim não padeceremos de culpa (a culpa é a certeza de que magoamos). Porém, como tudo na vida é dual, a culpa também tem o seu lado bom, pois é através dela que reconhecemos que erramos, podendo brotar a semente do arrependimento verdadeiro, que poderá gerar a busca, antes de tudo, do auto-perdão.

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