sábado, 8 de maio de 2010

MÃE

Este eu escrevi há pouco mais de um ano, quando meditava sobre o ente "mãe", mais particularmente sobre a minha mãe, no comecinho (que, felizmente, não passou disso até hoje)desse mal que tanto nos assombra, diagnosticado por um alemão de nome bem feinho. Só compreendi a profundidade da maternidade quando fui mãe. Eita paraíso esse... Mas me disse um amigo, ontem à noite, que mãe é o ser mais egoísta que existe na face da terra. Será? Agora, ninguém merece uma mãe Ingrid (a mãe dos gêmeos, na novela global Viver a Vida) não é não?


MÃE

Mãe,
Muito estive refletindo sobre ti
Busquei saber qual a fonte de onde retiravas tanta coragem
E só obtive resposta quando pari.

És a única guerreira que combate sem armas
E possuis uma reserva de amor inesgotável.
Amas de verdade e tua vida é amar.
És o consolo para as dores de nossas lágrimas perdidas
Tens a força de um touro,
Diante de qualquer ameaça à vida de teus filhos.
A tua coragem atravessa inabalável a escuridão.
Só em teus braços nos sentimos seguros.
Apenas sob o teu olhar temos garantias.
O medo se vai com tuas palavras.
És forte como o aço e valorosa como o ouro,
Terna como uma flor.
Em cem filhos, não nos damos a ti
Tu, sozinha, és o bastante
Para sete vezes sete rebentos
Tu és como a terra, oh, mãe!
De onde retiramos todos os nutrientes para a vida
Em cujos seios fartos nos alimentamos.
Tu és ainda como a terra, onde a semente germina
És o ar, o hálito da manhã
A estrela que nos abre os caminhos
A água que sacia
És o sal da vida
A doçura que transforma o acre
Amor transbordante, insone,
Amor que perdoa,
Amor que se doa
Eterno.

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