terça-feira, 26 de julho de 2011

VIDA, VIDA, VIDA, O VENTO A LEVOU

Lembram do texto que escrevi e postei dia 10 deste mês sobre Samuel*? Pois é. Há uns 3 dias estava na rua, em meu carro, com meu filho Éric dirigindo, quando ele recebeu uma ligação. Disseram-lhe que há uma semana Samuel encantou-se. É, uma fada, um anjo agasalhou-o em seus braços e seguiu o seu vôo, subindo, subindo, subindo,em um branco esvoaçante e entre raios de luz.
Às vezes sonho com um mundo utópico, onde crianças não sofreriam jamais. Afinal de contas, crianças não viveram o suficiente para o mundo as corromper, para a maldade. Crianças são anjos. Eu decretaria uns 10 mandamentos nesse mundo utópico. Seria radical no trato com as crianças. Crianças não teriam fome, nem sentiriam frio nem calor, não apanhariam sob qualquer hipótese. Crianças jamais seriam tristes. Todas, indistintamente, teriam pai e mãe, uma casinha com cheiro de tutti-frutti, muitas bonecas e carrinhos pra brincar, pás para cavar a areia e baldes para carregá-la. Decretaria prisão perpétua a quem machucasse uma criança, a babás crueis, a qualquer pai ou mãe irresponsável que abandonasse material e afetivamente sua criança, a um pai que, ciente de sua paternidade, a negasse, pois a prisão perpétua é o lugar adequado para monstros. Baniria deste mundo os pedófilos. Crianças não são fantoches nem objetos de prazer, muito menos prazer bestial. Crianças são frutos do prazer, do sublime ato sexual. Baniria os políticos constituintes que assegurassem tantos direitos às crianças e a maioria desses direitos não saíssem do papel, como direito à educação, à merenda escolar, à saúde, ao lazer etc. Baniria também os traficantes. Como ousam entorpecer nossas crianças, nossos anjinhos, esses arremedo de humanos? Decretaria total luminosidade. Não haveria escuridão. Nossas crianças nunca teriam medo do escuro, de bicho papão, porque só saberiam a luz. Decretaria a obrigatoriedade de construção, com entrada franca, de muitos parques ecológicos, para que nossas crianças pudessem conviver com os animais, com o verde, com a terra, e fossem felizes para sempre, no tempo de sua infância.

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