segunda-feira, 11 de julho de 2011

FELIZES OS CONVIDADOS PARA A CEIA DO SENHOR!

Eu nunca deixo de ver o sol, mesmo quando ele fica ofuscado por nuvens negras. Eu nunca deixo de ver a lua, mesmo quando a noite é medonha.
Eu nunca deixo de acreditar, mesmo quando, em silêncio, duvido.
Até Madre Tereza de Calcutá chegou a perscrutar o Senhor,
Que direi eu, simples mortal?
Mas se há algo que me faz desequilibrar é quando vejo minha saúde ameaçada. Reflito: o que será de mim sem minhas mãos para trabalhar? O que será de mim, sem meus passos para caminhar? O que será de mim sem a minha consciência, sem a minha fortaleza? Como enfrentarei a necessidade de um ombro para manter equilibrado o meu corpo inerme? Como suportarei a espera sedenta de mãos para me cuidar? E quem me velará quando a noite abrir a boca e, bocejante e insone, observar a entrada da madrugada vadia? Quem me desejará bom dia?
Como dormirão meus sonhos, para que acordem na manhã seguinte, se eu não tiver nem mesmo liberdade para viver? Sim, porque a maior riqueza que eu detenho, em vida, é a minha saúde. Sem ela, pobre de mim, pobre de nós, egoístas e indiferentes. E não me falem abobrinhas. O mundo é isso mesmo. O dinheiro é uma falácia. Ele pode até prolongar uma vida. Mas ele não compra uma vida. E tenho dito, também: o dinheiro, que tudo parece comprar, não compra o amor, porque o amor não é uma mercadoria. O amor não está à venda na mercearia. O amor é uma dádiva! Felizes os convidados para a ceia do Senhor!

Nenhum comentário: