(RÔ Campos)
Perdoa, coração,
Se, às vezes, eu ando à toa,
Te machuco, te magoo,
Cuido tão mal de ti·
Sabe, coração,
É que, às vezes, de repente,
Me bate uma grande aflição;
Quero ganhar o mundo,
Despistar a solidão·
Aí, coração,
Numa ânsia incontida,
Saio à procura de dopamina,
Me enveneno e, por tabela,
Te faço tanto mal·
Perdoa, coração,
Por te estreitar as artérias,
Por te deixar tão bravo e cansado,
Com as batidas desesperadas,
E eu, aqui, com medo de te perder···
Nenhum comentário:
Postar um comentário