quarta-feira, 28 de setembro de 2011

RESPEITO É BOM - E EU GOSTO!

Quando comecei a postar meus poemas no finado orkut, meu querido amigo e irmão, Antonio Pereira, o maior cantador da Amazônia, já me dizia: RÔ, aconselho-te a não ficar espalhando teus escritos pelo orkut, sabe como é, esse negócio de direitos autorais é coisa séria. Por outro lado, meus filhos sempre me criticaram por esse meu jeito, digamos, ingênuo de ser, por sair bradando aos quatro cantos as minhas ideias, meus projetos, meus escritos. Nunca me intimidei com isso. Não porque acredite na honestidade das pessoas - longe de mim. Mas sempre tive cá comigo que, quem quer que atravessasse o meu caminho, eu saberia como dizer ao mundo que dita pessoa estaria se apropriando de algo que não era seu, nem mesmo a ideia.

Em torno do dia 15 de julho passado encontrei uma "amiga", quando fui comprar os ingressos para o show de aniversário do programa Mesa de Bar. Na ocasião, conversamos sobre música e eventos, quando lhe falei a respeito de um projeto que idealizei: 2 BANQUINHOS,2 VIOLÕES". Disse-lhe que, quando pusesse o projeto em prática, o realizaria com o mineiro LÔ Borges (com quem, inclusive, já havia até entrado em contato) e o meu querido amigo Zeca Torres. Disse-lhe, também, que ainda não havia concretizado o meu intento por várias razões, que as citei, naquele momento. Ela ficou deveras interessada e me falou, então, que, passado o evento que estava realizando, entraria em contato comigo para conversarmos e, quem sabe, levarmos a efeito o projeto, uma vez que já tinham um artista nacional na agulha (para quem, segundo ela, já haviam remetido 50% do cachê cobrado). E assim se deu. Recebi telefonema dessa " amiga", me convidando para ir até a empresa do marido, para conversarmos...e o papo foi longo. Fizeram-me proposta para promovermos o evento na base de 50% (cinquenta por cento) para cada um, inclusive com relação às despesas. Declinei do convite, expondo meus motivos, mas coloquei-me à disposição para trabalhar em conjunto (sem qualquer ônus para ela), nesse primeiro evento e, após a realização do mesmo, sentaríamos para fazer uma análise e estudarmos a possibilidade de estarmos juntos dali em diante. Coloquei minha empresa PACTOLO PRODUÇÕES à disposição, prontifiquei-me a buscar algumas parcerias, a vestir a camisa, e ficamos " acertados". Debatemos até sobre o nome do artista local a participar do evento, citando, além de Cileno, outros nomes que se encaixariam no projeto. Chequei à empresa às 18h e saí de lá mais de 22:00h, com a afirmação de que, brevemente, entrariam em contato comigo para pormos a mão na massa. Pediram-me que eu enviasse, por email, o portfólio da PACTOLO, o que o fiz alguns dias depois. Os dias se passaram e, como não recebesse qualquer notícia, entrei em contato com essa minha "amiga", que me pediu para aguardar. Os dias continuaram a passar...e nada. Eis que, surpreendentemente, agora, deparo-me com a propaganda do evento no jornal A CRÍTICA, o qual será realizado dia 30, no Teatro Direcional: 2 BANQUINHOS & 2 VIOLÕES, com TUNAI e CILENO, uma produção da TRAMPO, justo a empresa do marido de minha "amiga". É a TRAMPO trampolinando escancaradamente.

Quero dizer, por fim, que, é claro, não registrei a marca, mas isso não pode servir como desculpa para uma pessoa que se tem como séria (jornalista e radialista) usá-la em seu favor, como se sua fosse a ideia, sem dar a menor satisfação à idealizadora, ainda mais pelo fato das coisas se terem passado como descrevi acima. Há que se ter o mínimo de ética. Aliás, não existe mínimo nem máximo em Ética. Na vida, ou se é ético, ou não se é. Ponto. Que me dispensassem de fazer parte da equipe a trabalhar na produção do evento, tudo bem. Mas que tivessem a decência de, pelo menos, me perguntar se eu me importaria que usassem o título do meu projeto. E eu anuiria, com o maior prazer. Respeito é bom - e eu gosto.

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