quinta-feira, 28 de maio de 2020

ENTRE A ESCURIDÃO DA NOITE E A LUZ DO DIA


(RÔ Campos)

Lá  no alto do céu eu vi a lua  e vi também estrelas.
Cá  embaixo nem tudo é  luz,  nem  tudo é  trevas.

Ainda são meus olhos que me guiam
Nos caminhos, os mais longos, os mais curtos
Os mais largos,
Os mais estreitos,
Os mais retos,  os mais curvos
Na imensidão do clarão do dia.

Mas quando a noite cai, impiedosa,
Embaçando os olhos da visão
E cerrando  a janela da alma,
Seguir não faz sentido,  não tem porque.
Melhor parar n'algum lugar seguro,
Que amanhã, a  noite, que veio a galope,
Será devorada pela luz do dia.

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