domingo, 5 de janeiro de 2014
CONSCIÊNCIA CÓSMICA
(RÔ Campos)
Oh quanta vergonha senti
Pelos carvalhos que cobicei!
Tantos eu também plantei,
Mas desejei os do vizinho ao lado.
E fui então confundida
Pelos jardins que escolhi.
E tornei-me como os carvalhos cobiçados.
E minhas folhas foram ao chão,
Caídas, sem força, sem vida.
E nos jardins que escolhi
Também não havia água.
E veio o sol e queimou a relva,
E as labaredas consumiram meus jardins.
E eu então ardi no fogo de minha cobiça.
E nunca houve quem o apagasse.
Mas, veio um tempo, e a solidão doía.
Eu, em meio aos meus jardins já mortos,
Quando senti uma névoa flamejante me envolvia.
Era uma Luz Viva, sem manchas, sem nódoa,
O despertar verdadeiro, cheio de alegria,
De uma CONSCIÊNCIA CÓSMICA.
Obs: Construído a partir de Isaías, 1:29,30,31, e, a última estrofe a partir de "Consciência Cósmica - Um estudo sobre a evolução da mente humana" ( Richard Maurice Bucke)
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