domingo, 15 de julho de 2012

O HOMEM (RÔ Campos)

Homens são tantos...poucos os machos. Às vezes me acho em alguns deles. Outras vezes, me perco. Homens são homens. Machos são homens. Mas nem todo homem é macho. Homem, pra ser homem, tem de ser macho. Macho não tem medo de amar, nunca foge do amor, não se arma para ir à guerra. Macho entra na guerra para à guerra por fim. Macho é educado, fino, abre a porta pra mulher entrar, puxa a cadeira pra mulher sentar, manda-lhe flores, recados pelo celular. Macho que é macho segura a mão da mulher, protege-a, por mais forte que seja a mulher. Mulher é mulher. Forte como o cinzel, frágil como uma flor. Mulher alguma jamais foi feliz vivendo sem laços, abraços, sorrisos, beijos, do homem de verdade, amado, um macho. Homens são tantos...poucos os machos. Um macho que também sabe a tristeza da mulher quando triste está, mas inda assim tem sempre um sorriso pra lhe dar. Um macho que se emociona, que chora, e não tem vergonha de chorar. Porque, disse o poeta, o homem também chora, também deseja colo, palavras amenas. Um macho que sabe a fraqueza dos fortes, porque não há fortaleza sem quedas. Porque não se ergue um muro sem a argamassa e o tijolo. Um completa o outro e erige-se o edifício, a morada.

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