quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

CAMPOS DE SOLIDÃO

Eu quis dar a ele um grande amor
Mas ele não confiou,
Porque só sabia a dor.
Fugiu, escondeu-se no breu da solidão
Teve medo de ser feliz
Partiu, partindo também meu coração
Campo minado se fez
Em campos de flores, outrora
Hoje, campos de solidão.

Foi sumindo...sumindo...sumindo...
Deslizando entre os meus dedos,
Até que não se ouvia mais nenhum ruído
Silêncio! Silêncio!
Calou-se nas sombras do tempo.

Escavou, sem as mãos, meu chão.
Quase caí.
Levou com ele meus sonhos.
Quase ruí
Mas ficaram minhas raízes.
Sobrevivi
Hoje, torno a viver.
Quem sabe, ele chora
Eu estou a sorrir.
Quem sabe, ele é triste
Preciso rir.

(RÔ CAMPOS, 02/02/2011)

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