domingo, 1 de março de 2015

HUMANÓIDES


(RÔ Campos)

Eu vou contar para vocês uma pequena faceta da vida,
Que caminha pela Via Láctea, nossa galáxia,
Achada, perdida, voltando a se buscar.
A vida que vem e que vai,
Que entra e que sai.

Muita coisa o homem já sabe,
Mas ainda hoje não se descobriu,
Nem nunca se há de saber,
De onde viemos nem para onde vamos,
Muito menos o que fazemos aqui,
Neste paraíso perdido ou vale de lágrimas.

Há muitos monstros espalhados em vários cantos,
E também no riso e no pranto.
Monstros com a face de anjo,
Monstros vestidos de Deus.

Ah, estes homens tão tristes,
Tão ricos, tão pobres!
Homens de toda a sorte, plebeus e nobres,
Brincando de Deus e o diabo.

Terá Deus criado o diabo e o homem,
Ou foi o homem que inventou Deus e o pecado?

E nesse combate sem trégua,
Na luta entre o Bem e o mal,
Vejo-nos pelo reflexo do espelho,
Deixando-nos levar pelos monstros
De mil e uma faces,
Que habitam os abismos profundos,
Que às vezes se abrem dentro de nós

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