(RÔ Campos)
Pobre menina!
Ainda que possa ser rica de algo,
Sempre será uma pobre menina,
Com um coração tão vazio de paixão
E uma cabeça tão cheia
Do nada que a nada conduz.
Pobre menina!
Tão cheia de vida,
Coberta de morte.
Tão carente da sorte
De uma vida feliz·.
Pobre menina!
Que não tem um norte,
Uma bússola a lhe guiar.
Tão cedo perdida.
Tão jovem e tão velha.
Quem sabe nem tempo terá para envelhecer.
Pobre menina!
Dá pena da sina que é desdenhar
Da vida de quem vê estrelas no céu
E o sol a brilhar.·
Pobre menina!
Que não aprendeu a sonhar...
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