domingo, 2 de fevereiro de 2014

SOFIA

(RÔ Campos)

O que é o meu saber
Senão saber que nada sei.
E quando eu chego a pensar
Que de alguma coisa eu sei,
Descubro saber menos
Do que tudo aquilo
Que eu penso que sei.

Assim é o meu saber,
Ou aquilo que consiste em pensar que sei:
Todo dia desaprendo
E de novo procuro aprender,
Que nesta vida nada se sabe,
A não ser que todo dia
Morre para depois nascer.

E quando o dia acaba de morrer,
Vem o meu saber e me diz
Que nada é para sempre.
E que tudo muda depois que eu me desnudo.
Que nada é absoluto. Mas tudo é relativo.
Que nada, nada, nada, absolutamente
É definitivo.

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