quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O CONCRETO E O ABSTRATO


(RÔ Campos)

Há dias e há noites. Às vezes tudo parece igual.
Há dias que parecem noites. Noites sem luz.
Há pessoas tão verdadeiramente lindas.
Há pessoas que parecem lindas, e são tão feias.
Há pessoas e artistas.
Há artistas que se julgam Deus.
(Coitados, não são nada,
A não ser o que a Vida lhes deu!).
Há pessoas que não O sabem.
Por isso os avaros, os mercadores da fé,
A fé que não raciocina, que não vê.
Há pessoas que bradam aos quatro cantos,
Um canto que nunca é louvor,
Sobre um Deus que, dizem, os redime.
Palavras, simplesmente palavras ao vento.
Lá dentro tudo é tão vazio...
Há pessoas que são tocadas.
Há muitas que não abrem suas portas.
Deus não entra...E o diabo não sai.
Há aquelas para quem Deus é abstrato,
Há outras que O sabem concreto.
Porque concretude não é ver, tocar. É sentir.
O coração bater. O Amor surgir. O Sol nascer.
Porque abstrato é tocar e olhar, e nada sentir.

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