terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

CICLOS DA VIDA


(RÔ Campos)

Acabei de ligar meu NB, entro no Facebook e deparo-me com uma mensagem de minha amiga Augusta, mãe de meus primos segundo, netos de minha tia Helena Campos, avisando-me que tia Helena já não está entre nós. Minha vozinha Zulmira da Cunha Campos teve 7 filhos, sendo 3 mulheres e 4 homens. O primeiro a nos deixar, na plenitude da vida, foi o tio Chico, vitimado por um infarto fulminante, à noitinha, quando acabava de chegar do trabalho e brincava, sem nem mesmo haver se trocado, de bola com seu filho, no quintal de casa. Tio Chico teve uns seis filhos. Estão todos vivos.
Depois de tio Chico chegou a vez de meu pai, Frutuoso Campos, descansar, literalmente falando, porque meu querido velho foi acometido de tanta doença severa nesta vida, que, por conta de tanto remédio que tomou, faleceu de cirrose hepática medicamentosa, sem, é claro, jamais haver colocado um pingo de álcool na boca. Papai teve 10 filhos. Todos vivos.
Após papai foi-se meu tio Djalma Campos, o caçula dos homens, e o mais bonito, fisicamente falando, de todos eles. Tio Djalma teve uns 8 filhos, além dos adotados, num total aproximado de 12. Todos vivos.
Aí, então, partiu tia Zizi (Tereza Campos), aquela que me ensinou, na infância, a fazer crochê. Tia Zizi e tia Helena eram inseparáveis, unha e carne. Lindas, todas duas. Tia Zizi teve apenas dois filhos, que estão vivos.
Agora, partiu tia Helena, mãe de filhos incríveis, inclusive do meu primo querido, Enilson Campos, também advogado. Tia Helena teve 7 filhos, 4 homens e 3 mulheres. Minhas memórias estão, neste momento, na infância, a passear pelos corredores de sua antiga casa na Av. Ayrão, próxima à Silva Ramos, aonde íamos muitas vezes nos finais de semana. Ainda estão conosco, neste plano, tio José Campos, espírita de mão cheia (um dos fundadores da Fundação Allan Kardec, em Manaus), de uma bondade desconcertante, e que também teve muitos filhos (acredito que em torno de 14, dois falecidos), e tia Djanira Campos, com quem eu mais pareço, penso eu.
E, assim, tudo vai se cumprindo. São ciclos que vão se fechando. Vidas que vêm. Vidas que vão. Amores que chegam. Amores que partem. Luzes que se acendem. Luzes que se apagam. E a vida? Ah, a vida continua, tudo como se fosse um segundo.

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