domingo, 10 de fevereiro de 2013

CONCERTEZA ISSO NÃO TEM NADA HAVER COM AGENTE


(RÔ Campos)

É deplorável quando professores de literatura e da língua portuguesa se danam a cometer erros tão crassos de português no Facebook. Dá uma ideia da situação precária que se instalou nessa capitania hereditária que se chama Brasil.
Tão deplorável quanto é a gente se deparar com uma postagem aqui no Face apontando e criticando determinados erros de português dos outros e a própria postagem conter esses mesmos erros. Dá vontade de escancarar, mas, enfim...Eu não sou formada em Letras, então, é claro, não sou expert no assunto, mas tento ao menos não cometer erros os mais comezinhos. Às vezes penso que estou desaprendendo, e fico batendo a cabeça na hora de usar o te ou o ti, o verbo dar, por exemplo, no presente do indicativo ou no infinitivo, e por aí vai, porém, provavelmente jamais cometerei erros tão absurdos (a não ser de digitação) quanto escrever concerteza, agente (quando me referir "a nós"), mas, ao invés de mais, e vice-versa, aja (do verbo agir), ao invés de haja (do verbo haver), excessão, tenhe, ezalar (já vi essa palavra até em poesia de uma pessoa formada em jornalismo), assistir a tv, o filme, no lugar de assistir à tv, ao filme, usar o artigo definido feminino "a", no lugar do "há" (do verbo haver), quando me referir ao tempo passado (há minutos, há horas, há dias, há anos) e vice-versa ("daqui há pouco" ao invés de "daqui a pouco") etc.etc.etc. Costumo ter cuidado com o que escrevo, zelo com a nossa língua, e só o faço com o pai dos burros ao meu alcance, mas, às vezes, alguma coisa passa sem que você se dê conta, principalmente em razão da correria diária, e, especificamente quanto à conjugação e tempos de verbos, isso não se acha no pai dos burros. Assim também provavelmente deve acontecer, por exemplo, com jornalistas. Sempre detecto muitos erros no jornal A Crítica (refiro-me especificamente a ele porque é o único que leio, do qual sou assinante). Às vezes, alguns são apenas de digitação, como já vi em artigos do Marcio Souza e do Tenório Teles, o que é absolutamente inadmissível, e que deve tê-los deixado de cabelos em pé. Outro dia, o jornal estampou ,abaixo do título da matéria, a palavra "má versação", quando o correto é malversação (mau emprego ou desvio de dinheiro, especialmente público). Nesses casos, observo como faz falta a figura do revisor. Penso até que o jornal pode tornar-se uma excelente ferramenta nas escolas, para estudos da nossa língua, com base em seus próprios erros. As matérias, notas e artigos publicados seriam lidos pelos alunos, aos quais caberia apontar os erros encontrados, o que seria analisado e estudado em seguida, num amplo debate entre a turma e o professor. Mas isso seria uma vergonha, não? Então, o melhor mesmo é a empresa jornalística tratar de ressuscitar a figura do revisor, e entregar aos seus clientes um jornal que demonstre zelo com o vernáculo. Nisso, a revista VEJA é um primor

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