sexta-feira, 11 de março de 2011

A DOR DO JAPÃO

Minha irmã contou-me, à noite, sobre os acontecimentos terríveis no Japão. Não tive coragem de ligar a TV, para não deparar-me com cenas que, segundo meu filho Éric, fizeram-lhe chorar.
Acesso a net e leio que algo em torno de mil pessoas já devem ter morrido em consequência dessa trapédia. Mas foi inevitável vir à minha memória o terremoto do Haiti, ocorrido em janeiro de 2010, onde muitas vidas foram ceifadas, um número infinitamente maior que o do Japão, potência mundial, que tem seu povo treinado e preparado para enfrentar essas catástrofes e edificações à prova desses abalos. Hoje, passado mais de um ano, o Haiti, país pobre e com história de exploração vergonhosa, continua na mesma, não havendo se reconstruído, com o seu povo se dispersando pelo mundo, inclusive pelo Amazonas, em busca de sobrevivência, instinto natural do homem. As grandes potências parecem haver esquecido o Haiti, abandonado em sua imensa dor. E leio em A Crítica de hoje (sexta-feira) notícias alvissareiras de que famílias do bairro periférico da Redenção, aqui em Manaus, adotaram vários haitianos que estavam abrigados na Paróquia de São Geraldo. Que o Senhor seja louvado! E que o Senhor alivie as dores do Japão, cujo chão se parte e sangra.

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