sexta-feira, 21 de outubro de 2022

PERDIDA EM TUA BOCA


(RÔ Campos)


Vieste bem devagarinho, como quem não queria nada. 

Te vi de longe,  me olhando,  quando sorriste  um sorriso largo,  no Largo.

Depois,  ficamos lado a lado. 

Tuas mãos tomaram as minhas de assalto. 

Mais tarde,  nossas bocas conversaram.

Daí,  então,  foi um passo para o entendimento:  

Quando a madrugada veio,  no entanto,  

Perdemos a cabeça. 

Até agora procuro o juízo, 

Que - sabe Deus? onde se meteu.

Porém, entre viver uma vida  tão cheia de pudor, mas  triste e oca,

Prefiro andar assim,  louca de prazer,

Perdida em tua boca.

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