terça-feira, 25 de outubro de 2022

EU AINDA VEJO FLORES...

 

(RÔ Campos)


Tantas palavras em vão,

No vão da porta que se fecha,

No vácuo que se abre,

No clarão da tua estupidez·


Para essa tua cegueira,

Procuro te mostrar algumas coisas que vi, que sei.

Mas tu nunca sabes, 

Nunca vês,

Cegado sempre pela mentira da vez. 


Para essa tua ausência de uma nobreza tal,

Só me resta o meu silêncio, a luta,

Para escaparmos  desse umbral.


Dizes que é dia, Quando a noite cobre o céu·

Que não há dor nem fome

Na cabeça e na boca do homem·

Mas  eu então  te replico:

Só a comida não sacia a sede e a fome de viver·


"Vem, vamos embora que esperar não é  saber,

Quem sabe faz a hora

não espera  acontecer".


"Vem, vamos embora que esperar não é  saber, 

Quem sabe faz a hora não espera acontecer".

Nenhum comentário: