terça-feira, 26 de outubro de 2021

BREVIDADE


(RÔ Campos)


A vida é tão breve

A vida é tão curta

Mas ainda são muitos

Os homens que surtam

Pobres diabos!

Terráqueos!

No mundo de Deus.


A vida é tão breve

A vida é tão curta

Num segundo, apenas

Tudo vira pó, poeira:

Dinheiro, orgulho, preconceito

Sem dó, nem ré, nem mi

Nem fá, nem sol, nem lá...

Nem si.


A vida é tão breve

A vida é tão curta

É Deus e  sua batuta

É Gaia quem toca

Quem o canto entoa

É o sol radiante que tilinta

É o vento que sibila

É a chuva que baila enquanto cai

São os leitos dos rios

São os mares, rasos, profundos

Onde as águas da chuva se deitam

São os pássaros que voam

Que o cantar ecoam

Orquestra da vida!

Pulsar fugaz!

O homem, obra da criação

Ou, quem sabe

Do Nada

Desatento...Desentoa

Desafina...

*escrito em outubro de 2013

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