sexta-feira, 11 de setembro de 2020

OS VERMES PASSAM


(RÔ Campos)


A esperança nasce de onde não se sabe, 

A esperança vem de onde não se tem.

Porque há que se reunir forças onde  só resta o cansaço,

Escolher entre seguir ou ficar,

A Vitória ou o fracasso. 


A verdade um dia  haverá  de emergir dos pântanos em  que chafurdam as escórias,  as bestas,  os monstros sebosos.


A História haverá de contar, ainda que em versão dupla face, 

Quem perdeu,  quem ganhou.

Mas,  acima de tudo, nos resta a nós,  o povo,   um consolo,  uma convicção: tomando por empréstimo o que declamou  o poeta: nós,  passarinho,  eles passarão...

Como passam  os vermes que, antes, se proliferam  nos intestinos da sociedade,  e seguem para o esgoto da História...


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