segunda-feira, 20 de abril de 2020

SEM CONVITE

(RÔ Campos)

Era dia quando um vento forte soprou do Oriente
E  como se não houvesse luz,  fez-se noite
Muitas noites sem lua nem estrelas

Nos pegou a todos desprevenidos
Em um tempo assim, meio sem sentido...
Corriam os homens contra  o relógio do  tempo...
O egoísmo e a vaidade eram protagonistas no teatro da vida, onde muitos eram figurantes.

Trouxe o vento forte o pássaro  agourento com  as garras encravadas em seus cabelos longos
E o pássaro  agourento sobrevoou rapidamente de lado a lado todo o Ocidente
Gritando  seu grito esganiçado
Deitando o medo e a morte no leito  de tantos quantos sentiram o frio se acercando
Os incrédulos riram-se em tertúlias tantas
Mas ao fim e ao cabo o medo venceu também todo aquele que se vestia de soberba
Até a fé se retirou para descansar, enquanto a Ciência, que nunca se cansa,  buscava com os olhos da Razão uma luz para enxotar o pássaro agourento e nos livrar a todos dos dias de escuridão.

Fim do primeiro ato.

Surge uma luz no fim do túnel escuro...

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