segunda-feira, 23 de setembro de 2019

UM DIA DE DOMINGO

(RÔ Campos)


Havia sido um dia extraordinário: encontro com amigos queridos,
amenidades, conversa jogada fora, sabores vindos da cozinha, tilintar de taças de vinho: merlot, tempranilla, malbec. Uma viagem à França, Espanha e Argentina.

Depois, à noite, a deusa música:
uma volta pelo nosso Brasil de encantos mil.

Quando a madrugada chegou, quedei-me sobre a cama, o corpo cansado e suado, mas em êxtase.
O frio do quarto me cobriu.

O sono já me havia arrebatado quando fui despertada pelo deslizar macio dos dedos dele,que desciam e subiam meu corpo como se veludos fossem.

Quis resistir, mas não pude: quando ele me tocava, com indescritível delicadeza, as estrelas se achegavam, o céu inteiro estava em festa.

Então, me entreguei por completo,
embarcando nessa viagem mágica, como se um sonho inenarrável fosse, sem lembrar que amanhã a realidade muito cedo bateria à minha porta.

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